Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Conversa ao pé do fogo. Turnover, rotatividade, evasão e o escambal.



Conversa ao pé do fogo.
Turnover, rotatividade, evasão e o escambal.

Todos sabem o que significa, todos conhecem, alguns sentiram na pele outros se safaram por algum motivo. Não é fácil perder lobos ou escoteiros ou mesmo chefes amigos. Eles sempre têm um motivo para explicar e nem sempre condiz com a realidade. Se fizermos hoje uma pesquisa nos Grupos Escoteiros, cada um teria um motivo. Tem explicação? Claro, tem aqueles grupos mais estruturados, onde os chefes se preocupam e correm atrás para sanar esta perda tão nefasta.

Já ouvi tantas explicações que fico pensando porque a maioria dos chefes ainda continua lutando com a perda do efetivo. Sei de grupos com cem e até trezentos membros participantes que nunca se preocuparam. Não sei se eles têm um acompanhamento através de gráficos e pesquisa sobre o tema. Já ouvi de Grandes Chefes formadores ou mesmo de Velhos Lobos tantas explicações que ainda me bato do porque isso ainda não resolveu. E a UEB? O que ela diz?

Não sei, se ela se preocupa, pois nunca li nem ouvi falar. Sei que ela alardeia quando os associados crescem apesar de que nem sabemos do porque isso acontece. Quem sabe ela dirá que os cursos são pródigos, os formadores bem preparados e a literatura vasta para cobrir todas as deficiências. Ainda me pergunto por que ainda não fizeram uma grande pesquisa, orientação às bases e esquecer o velho mote que o Chefe não estava preparado? Sempre o Chefe!

Uma vez me disseram que a evasão estava um por um, ou seja, entra um sai outro. Eu fico no dois por um, entra dois sai um. Um membro importante na hierarquia escoteira comentou certa vez que ela a evasão não passa de cinco por cento do efetivo. Não sei de onde ele tirou esta afirmação. De uma coisa eu sei, se o jovem saiu é “porque não encontrou o que procurava”!  Não adianta somar dois mais dois ou cinco mais quatro, o resultado nunca vai bater! Saiu? Tem motivo e se tem cabe a nós encontrar e procurar melhorar onde está o erro.  

Eu tive enorme experiência neste tema; Sempre me preocupei com ele. Acredito até que tenha outros chefes que conhecem melhor que eu e isto seria bom se eles se voltassem a explicar aos que não sabem como fazer quais seriam as metas, ou os programas que eles fazem. Agora, ficar reclamando, dizendo que os jovens foram ingratos, deixando todos na mão e pegando o que sobrou jogando em outra Patrulha não vai resolver. Fazer um programa para 3 ou 4 patrulhas e elas estiverem incompletas dificilmente se alcançará a meta pretendida.

Patrulhas como diz aquele Velho Sábio são a alma do negócio. Sem elas a motivação será mínima. Não dá para trabalhar o motivar um ou dois somente. O tempo vai se encarregar para ele um dia sair. Isto acontece também com os voluntários, os chefes e nesse caso o motivo é obvio: - Acreditou que seria assim ou assado e não foi. E então? Os lideres daquela Unidade procuraram ver o erro ou só bateram palmas por ver que seu pupilo não era o que esperavam?

Sei que a participação em algumas alcateias ou tropas são boas. Em outras não. Os grupos onde existe a preocupação com a evasão tem maior sucesso e os outros que ficam a reclamar como se fosse sorte encontrar o escoteiro ideal não tem. Antigamente se batalhava para que a alcateia tivesse só 24 participantes e a tropa 32. BP chegou a dizer que ele se achava em condições de liderar uma tropa de até 26, mas que poderia haver outros chefes melhores que ele que pudessem chegar a 32 não mais. Eita cara humilde sô!

De uma coisa eu sei, Patrulha só com pata tenras ou uns gatos pingados dificilmente um programa poderá atingir o objetivo desejado. Catar um aqui, outro ali e ir completando e desfazendo para refazer mais a frente é perda de tempo. Nunca vai dar resultado. E aquele que "marketeou" convidando aqueles que não tivessem Patrulha para participar do Jamboree em Barretos que ele tinha vaga em suas patrulhas? Nossa! Que Patrulha eim? Nem vem que não tem dizer que seria só para o Jamboree. O ambiente esperado jamais será alcançado.

Eu teria mil e uma explicação sobre a evasão. Poderíamos em grupo discutir o tema por vários dias. Acredito que nada que me contassem seria novo. Macaco velho desculpem. Já vi tanto nessa minha vida que de uma coisa eu sei. Se saiu, se se mandou se aboletou de sua Patrulha e da sua responsabilidade na Chefia é porque não encontrou o que procurava. Como diz por aí: Não era a minha praia. Outro dia lembrei-me de um Chefe que me disse: Vado, se o cara diz que tem tempo não caia na onda. Os melhores chefes são aqueles que não tem tempo.

Chame seus jovens, deixe eles falarem. Cale-se! Na primeira vez em um conselho de Patrulha ou de tropa eles não saberão o que falar. Já fiquei uma vez quase uma hora e meia com eles mudos. Entraram mudos e saíram mudos. No sábado seguinte um vacilou, veio outro e ai a chuvarada caiu prá valer. É bom ouvir e péssimo dar desculpas. Que tal: Turma entendi, vamos fazer um novo programa? Quem ajuda? Eita ponha a Patrulha para trabalhar e diga, se sair à culpa não foi minha! Né ou não é?

Como estou meio por fora dos cursos, poderiam me informar se existe discussões sobre o tema Evasão e se todos opinaram ou só o Líder Formador sabia os motivos? Todos tem a palavra. De uma coisa eu sei e aprendi, um ano é muito pouco para dar a formação escoteira que se espera. Alardear cem mil se saiu vinte mil e entrou trinta mil não teremos os resultados esperados. Teremos?

Nota – Ele saiu do escotismo porque pensou que encontraria isso e encontrou aquilo! É  mesmo? Conheço essa frase desde que recebi uma encomenda da Wells Fargo escoltada por Tom Mix e o Zorro. Desculpem a brincadeira, mas o tema é sério. Se queres ter resultados na formação escoteira se preocupe com a Evasão, ou rotatividade ou Turnover. Não importa, importa que você conheça os motivos e trabalhe para saná-los. Boa atividade, bom campo e uma vida escoteira longa e feliz!     

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