Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Crônicas de um velho Chefe escoteiro. Profissionais escoteiros.



Crônicas de um velho Chefe escoteiro.
Profissionais escoteiros.

Prólogo: Profissional é um adjetivo que se relaciona com determinada profissão. É aquele que é remunerado regularmente pelo trabalho que executa ou atividade que exerce (em oposição ao amador). Também pode ser definido como aquele que tem conhecimentos da sua profissão, ou especialista.

                   Um Chefe meu amigo publicou em meu e-mail uma comunicação da Região Escoteira de São Paulo que procura um profissional escoteiro. Deram outro nome, mais pomposo, mais moderno. Teria como função desenvolver uma área especifica por determinado tempo dando apoio aos Grupos Escoteiros existentes e organizar outros tantos. Salário médio. Pelo valor vai interessar a quem esteja desempregado e precisa garantir o sustento da família.

                   Lembrei-me dos profissionais escoteiros que conheci no passado. O Chefe Hélio da UEB foi um deles. Abnegado, um primor na apresentação e na uniformização dava apoio a todas as regiões que o procurassem. DCIM era um profundo conhecedor do Escotismo. Houve outros, mas não como o Chefe Hélio. Adoto a politica de profissionais. Eles dão apoio, desenvolvem, recrutam interessados, fazem proselitismo enfim se encontrarem um bom assim contratem. Vale a pena.

                     Os países mais avançados que praticam o escotismo tem seus profissionais escoteiros. Colaboram no desenvolvido do escotismo, dão apoio aos Grupos e seus distritos, tudo dentro da camaradagem que se espera conforme o sexto artigo da lei. Nos Estados Unidos eles dão apoio nas atividades escoteiras, conduzem acampamentos (desde que contratados) excursões em locais inóspitos. Naquela época disseram-me que eram mais de 5.000 profissionais escoteiros, hoje não sei mais. Na Inglaterra Bear Grylls ficou famoso pelas suas apresentações em documentários na TV e como se tornou um profissional Escoteiro dando uma nova conotação de marketing Escoteiro do escotismo inglês.

                   Lá pelos idos de 1973 conheci um que pecava pela fidalguia e cavalheirismo. Era um profissional do CIE (Conselho Interamericano de Escotismo). Refiro-me ao Projeto 2.000. No inicio despertou duvidas e em alguns casos invejas por parte de alguns mais retrógrados que não aceitavam aquela “modernidade”. Fui informado pelo escoteiro Chefe de sua visita. Pedia para ouvi-lo e consultar a Executiva da Região. Devíamos analisar e estudar os resultados do Projeto 2.000 todo ele financiado pelo CIE durante certo tempo e depois auto financiado.

                  O profissional escoteiro foi durante todo o tempo gentil e ficou conosco vários dias explicando e dando sugestões relevantes para a implantação do projeto. A contratação do executivo não traria para nós despesas alguma. Comprei a ideia de aceitar a oferta. O Projeto 2.000 tinha essa denominação, pois pretendia alcançar em dois anos de atividade, a organização de pelo menos 15 Grupos Escoteiros e no final conseguir pelo menos 2.000 membros. Era um programa e tanto.

                  Tínhamos em mente muitos escotistas que poderiam usufruir dessa contratação. Mas depois de longas e delongas por parte de muitos, o projeto em Minas Gerais ficou no vazio. Nos finalmente a duvida em alcançar o objetivo proposto fez com que o projeto fosse arquivado. Até hoje não me esqueço deste projeto e fico pensando se ele não teria revolucionado o escotismo na época. Não sei se ele seria bem aceito hoje, talvez sim, pois a UEB determina, manda, realiza planos sem consultar a ninguém.

                  Naquela época tínhamos autonomia, e éramos consultados em tudo. Não se mudava nada sem ouvir os interessados. Se hoje nossa direção tem um esquema brilhante para a escolha de profissionais escoteiros desconheço. Se ainda existe o compadrio nestes casos não posso afirmar. De uma coisa eu sei. Para termos qualidade e quantidade precisamos de muitos bons profissionais escoteiros. Para mim eles são muito bem vindos.

                  O tempo dirá se a Região de São Paulo terá sucesso. Eu desejo que seu projeto de um profissional tenha êxito. Não é um projeto 2.000 onde se tem uma meta para alcançar o objetivo, mas tem sua validade. Se em outros países eles os profissionais são de extrema valia, a implantação em nosso país poderia dar um passo maior na qualidade e quantidade. Minha dúvida é, haverá espaço para consultas? Haverá espaço para diálogos?

                  A favor dos Profissionais, que a Escoteiros do Brasil repatrie o dinheiro gasto com processos para direcionar em boas contratações. Essa briga idiota não tem boas perspectivas e já está sendo olhada como um passo mal dado no caminho a evitar. O que se gastou até hoje quantos profissionais poderiam ter sido contratados? Vamos lá Região de São Paulo, dê seu exemplo e mostre do que é capaz!

Nenhum comentário:

Postar um comentário