Crônicas de
um velho Chefe escoteiro.
Profissionais
escoteiros.
Prólogo: Profissional é
um adjetivo que se relaciona com determinada profissão. É aquele que é
remunerado regularmente pelo trabalho que executa ou atividade que exerce (em
oposição ao amador). Também pode ser definido como aquele que tem conhecimentos
da sua profissão, ou especialista.
Um Chefe meu amigo publicou
em meu e-mail uma comunicação da Região Escoteira de São Paulo que procura um
profissional escoteiro. Deram outro nome, mais pomposo, mais moderno. Teria
como função desenvolver uma área especifica por determinado tempo dando apoio
aos Grupos Escoteiros existentes e organizar outros tantos. Salário médio. Pelo
valor vai interessar a quem esteja desempregado e precisa garantir o sustento
da família.
Lembrei-me dos profissionais
escoteiros que conheci no passado. O Chefe Hélio da UEB foi um deles. Abnegado,
um primor na apresentação e na uniformização dava apoio a todas as regiões que
o procurassem. DCIM era um profundo conhecedor do Escotismo. Houve outros, mas
não como o Chefe Hélio. Adoto a politica de profissionais. Eles dão apoio,
desenvolvem, recrutam interessados, fazem proselitismo enfim se encontrarem um
bom assim contratem. Vale a pena.
Os países mais avançados
que praticam o escotismo tem seus profissionais escoteiros. Colaboram no
desenvolvido do escotismo, dão apoio aos Grupos e seus distritos, tudo dentro
da camaradagem que se espera conforme o sexto artigo da lei. Nos Estados Unidos
eles dão apoio nas atividades escoteiras, conduzem acampamentos (desde que
contratados) excursões em locais inóspitos. Naquela época disseram-me que eram
mais de 5.000 profissionais escoteiros, hoje não sei mais. Na Inglaterra Bear Grylls
ficou famoso pelas suas apresentações em documentários na TV e como se tornou
um profissional Escoteiro dando uma nova conotação de marketing Escoteiro do
escotismo inglês.
Lá pelos idos de 1973
conheci um que pecava pela fidalguia e cavalheirismo. Era um profissional do
CIE (Conselho Interamericano de Escotismo). Refiro-me ao Projeto 2.000. No
inicio despertou duvidas e em alguns casos invejas por parte de alguns mais
retrógrados que não aceitavam aquela “modernidade”. Fui informado pelo
escoteiro Chefe de sua visita. Pedia para ouvi-lo e consultar a Executiva da
Região. Devíamos analisar e estudar os resultados do Projeto 2.000 todo ele
financiado pelo CIE durante certo tempo e depois auto financiado.
O profissional escoteiro foi
durante todo o tempo gentil e ficou conosco vários dias explicando e dando
sugestões relevantes para a implantação do projeto. A contratação do executivo
não traria para nós despesas alguma. Comprei a ideia de aceitar a oferta. O
Projeto 2.000 tinha essa denominação, pois pretendia alcançar em dois anos de
atividade, a organização de pelo menos 15 Grupos Escoteiros e no final
conseguir pelo menos 2.000 membros. Era um programa e tanto.
Tínhamos em mente muitos
escotistas que poderiam usufruir dessa contratação. Mas depois de longas e
delongas por parte de muitos, o projeto em Minas Gerais ficou no vazio. Nos
finalmente a duvida em alcançar o objetivo proposto fez com que o projeto fosse
arquivado. Até
hoje não me esqueço deste projeto e fico pensando se ele não teria
revolucionado o escotismo na época. Não sei se ele seria bem aceito hoje,
talvez sim, pois a UEB determina, manda, realiza planos sem consultar a
ninguém.
Naquela época tínhamos
autonomia, e éramos consultados em tudo. Não se mudava nada sem ouvir os
interessados. Se hoje nossa direção tem um esquema brilhante para a escolha de
profissionais escoteiros desconheço. Se ainda existe o compadrio nestes casos
não posso afirmar. De uma coisa eu sei. Para termos qualidade e quantidade
precisamos de muitos bons profissionais escoteiros. Para mim eles são muito bem
vindos.
O tempo dirá se a Região de
São Paulo terá sucesso. Eu desejo que seu projeto de um profissional tenha
êxito. Não é um projeto 2.000 onde se tem uma meta para alcançar o objetivo,
mas tem sua validade. Se em outros países eles os profissionais são de extrema
valia, a implantação em nosso país poderia dar um passo maior na qualidade e
quantidade. Minha dúvida é, haverá espaço para consultas? Haverá espaço para
diálogos?
A favor dos Profissionais,
que a Escoteiros do Brasil repatrie o dinheiro gasto com processos para
direcionar em boas contratações. Essa briga idiota não tem boas perspectivas e
já está sendo olhada como um passo mal dado no caminho a evitar. O que se
gastou até hoje quantos profissionais poderiam ter sido contratados? Vamos lá
Região de São Paulo, dê seu exemplo e mostre do que é capaz!
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