Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

sexta-feira, 16 de março de 2012

Escotismo tradicional

Escotismo tradicional

    Escotismo tradicional. Sim. Este é o tema da moda. Cada um de nós interpreta a sua maneira. Tem aqueles que leram toda a biografia de BP e acreditam que assim deve ser feito. Outros aprenderam em seus Grupos Escoteiros e o que fazem, e assim defendem como tradicional. E tem aqueles que analisam pedagogicamente levando em consideração a evolução dos tempos. Para esses o tradicionalismo não é importante.

    Disseram-me uma vez que nosso movimento dentre outras necessidades pretende a formação e adestramento de jovens e suas lideranças. Sem menosprezar que devemos fornecer aos jovens boa cidadania, iniciativa e desenvolver suas potencialidades físicas, mentais e espirituais. Seria isso? Vejamos, se o Escotismo é uma fraternidade livremente aceita, e não tem o caráter de obrigação será que o adulto deve atuar somente com supervisão?

     Lembro que aprendi e vi os resultados de fazer fazendo. Era um escotismo feito de maneira simples, que sempre atraiu o jovem pela sua própria simplicidade. Recorríamos a uma linguagem fácil, bem diferente dos termos técnicos utilizados hoje. Foi uma época que passou e conheço tropas que ainda fazem assim, acreditando que a prática da demonstração e da descoberta, atividades ao ar livre, aprendizado por patrulhas, eram técnicas escoteiras que davam e dão resultados.

    Infelizmente vejo chefes comentando que por termos repetido muitas vezes essas técnicas, jogos sem atrativos e até a ausência do método correto nas atividades de tropa, trouxe um desinteresse e até hoje temos educadores a dizer que somos um movimento excessivamente infantil e nos domínios da educação somos considerados como atrasados e ineficazes. Perdemos o nosso rumo.

    Rumos definidos seria um crescimento satisfatório, uma motivação maior por parte dos jovens, uma permanência mais efetiva para que o escotismo possa produzir seus frutos que todos nós esperamos. Por mais que se queira não estamos alcançado isso. Explicações várias. Todos teriam uma visão do tema. Nada como o escotismo tradicional que aprendi e realizei como adulto e jovem. Liberdade de ação na Patrulha, um "Chefe" Escoteiro que era mais um irmão mais velho. Programas descomplicados e muitas atividades ao ar livre.

    O importante é que todos que aspiram fazer um escotismo tradicional ou mesmo aqueles que acham a mudança necessária, que procurem ver os resultados. Mas resultados precisam ser reconhecidos. Ajudar hoje aos jovens e amanhã eles se orgulharem de terem sido escoteiros. Nossa nação precisa urgente de resultados que o escotismo oferece. Honra caráter, ética, responsabilidade, respeito às leis, e claro a formação não só moral como também na comunidade em que vive.

      Quando BP reuniu em 1907 na ilha de Brownsea na Inglaterra 20 jovens de diferentes meios socioeconômicos e educativos, ele trouxe uma enorme contribuição educacional que, na época estava estagnado. Assim o Escotismo veio dar uma visão mais abrangente às escolas e estas é que estão tirando partido das técnicas escoteiras de demonstração, observação e dedução, aplicando-as às suas classes. Às técnicas de aprender fazendo e tentar fazer sem saber, até descobrir o certo através do erro, sempre foram partes do método Escoteiro.

     Confiar no rapaz para que ele próprio seja responsável pela sua autoeducação e disciplina sempre fez parte do Escotismo. É só dar liberdade ao jovem para que ele próprio seja responsável pela sua autoeducação e disciplina. Dar liberdade ao espirito de competição e da aventura, através de jogos, acampamentos e excursões. Este é o Programa Escoteiro tradicional e que bem realizado se mantém na liderança das técnicas até hoje empregadas.



- É uma pena que um homem tenha que viver sessenta anos para adquirir alguma experiência de vida e a leve para o túmulo, cabendo aos que o seguem começar tudo de novo, cometendo os mesmos erros e enfrentando os mesmos problemas... ”“.

BADEN POWELL

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