Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

quinta-feira, 15 de março de 2012

O imbróglio de uma foto no Face book



O imbróglio de uma foto no Face book
(imbróglio significa confusão, desentendimento, complicação; mistura).
Existem outras definições. Mas que foi um belo imbróglio foi. Interessante, coloco artigos que julgo importantes tais como: - Sistema de Patrulhas – Técnicas de reuniões de tropa, Técnicas de acampamentos e até outros que achei que dariam o que falar, tais como: – “Castas” Existem mesmo no escotismo? – Verborragia Escoteira, um passeio pelo escotismo atual tentando mostrar que o escotismo é simples e não tão complicado como querem fazer. E então, e então como nas minhas histórias das mil e uma noites, e eis que Betsabá, ou melhor, eu, isso mesmo, eu coloco uma foto de jovens escoteiros se não me engano tailandeses bem postados, bem uniformizados com um tremendo garbo e eis que surgiram mil comentários, uns a favor outros contra e centenas compartilhando.

Nunca vi nada igual. Ninguém perguntou se atrás da foto eles faziam um excelente escotismo, um Sistema de Patrulhas que BP orgulharia, e melhor, se eles eram disciplinados, se obedeciam a seus monitores, seus chefes, se eles eram bons estudantes, se seus pais se orgulhavam deles, se não eram preguiçosos, se não cuspiam no chão, se mantinham a limpeza do campo como em suas casas, se conversavam como pessoas civilizadas, se respeitavam os mais velhos e se ficaram no escotismo por muitos e muitos anos. Ah! Esqueci, se eles também se orgulhavam do seu uniforme do seu garbo de sua apresentação e claro, se a Lei Escoteira era ponto de honra para eles.

Não ninguém perguntou. Mas gostaram da foto. Alguns disseram que eram soldadinhos, bem perfilados que ali não era escotismo e sim soldados mirins. Outros mais agradáveis disseram que seus uniformes eram perfeitos. Seu amor à pátria era formidável. Outros compararam conosco. Alguns acham que fazemos o melhor escotismo do mundo. Claro, ninguém vai comentar ou se importar se as patrulhas não sabem se formar se não obedecem aos monitores, se são desleixados com seu uniforme. Aqui se faz o melhor escotismo do mundo para alguns. Aqui se pode colocar uma camiseta do grupo e o “malfadado” lenço amarrado na ponta e pronto. Está uniformizado, ou melhor, trajado!

Ninguém pergunta mesmo. Mas seria bom saber se eles fazem boas ações, se fazem bons acampamentos, se gostam do programa de reuniões, se ficam pelo menos dois anos em atividade Escoteira. Interessante, não houve comparações. Marchar? Perfilar? Não são escoteiros, são mini soldados. Risos. É difícil agradar. Difícil dizer que nosso uniforme deixa a desejar. Difícil dizer que nossos dirigentes mudam sempre e não perguntam a ninguém se vale a pena. Mas os meninos bem formados com seus bastões (lindo, lembrei-me do meu, levava para casa e cuidava dele como se fosse uma peça do uniforme) todos perguntaram e comentaram.

Não sei se alguém perguntou o porquê eles são impecáveis em seu uniforme, não estão mudando a cada ano. Porque nós somos diferentes. Nós mudamos. Não marchamos, andamos. Nada de apresentação pseudomilitar. Fico rindo e lembrando de minha época, meu pai humilde, pobre, mas eu tinha meu uniforme completo. Meu chapéu, meu sapato preto, meu cantil, minha faca, minha mochila, minha machadinha e meus cadernos de anotações. E olhe um ótimo corneteiro e um excelente tocador de tarol. Claro, hoje ninguém pergunta, pois acham que tudo é caro e o melhor é facilitar. Um dia, não sei, desculpem a brincadeira, mas vão colocar o lenço, (quem sabe feito de plástico biodegradável) amarrar a ponta (não precisa de anel de couro, ele é caro) e qualquer roupa no corpo estará uniformizado. Ou melhor, trajado. Inventaram essa de traje. Antes era só uniforme.

Gostei mesmo da foto. Acho que valeu. Melhor do que o ufanismo de muitos em dizer que são isso e aquilo. Melhor mesmo. Se não entenderam a mensagem paciência. Meu escotismo foi feito na simplicidade, na amizade, na lealdade e no amor. E acampando sempre. Preocupar com isso? Olhem para os lados. O que fazemos está dando resultados? Muitos entrando e poucos saindo? Crescendo sempre em quantidade e qualidade nos últimos 30 anos? Todos que ficam são dignos da Lei e Promessa? Os jovens de agora se portam com responsabilidade? Sem menosprezar aqueles que têm o espírito Escoteiro. Infelizmente são poucos. Ainda bem que não verei o futuro. Poderia me rejubilar ou decepcionar. Na dúvida espero minha hora. Não irá demorar.

E vamos ficando por aqui. Somos uma nação que briga pela democracia e o direito. Sem criticar, pois aceito as mudanças, aqui os jovens podem colocar brincos na orelha, piercings, tatuagens e se vestir como gostam. Podem chamar os mais velhos de “meu”, rir dos velhos na rua pelo seu andar, e ao terminar a aula procurar um cantinho e fumar seu cigarrinho. Podem fazer bullying na escola e os pais tem o direito de ir lá e brigar com os professores. E tudo isso é muito natural. E sei que os da foto não têm isso. Pelo menos eu acho. Parabéns para nós. E como diz um amigo Escoteiro quase da minha idade que conheci em uma lista importante, onde trocam ideias, falam o que pensam eu digo como ele:

BONS VENTOS E BONS CAMINHOS

Osvaldo um escoteiro

P.s. E prestem atenção – Vai haver um jovem dizendo – E daí chefão? Oh “meu” fica na moral. Tu tá por fora. Parece mais um “migué”. Mano, hoje o mundo é livre. Nois somos uns “fodão”. Tu não é um “ganbé”, portanto vai “bater um fio” longe daqui. 

Um comentário:

  1. Obrigado pelo convite! Gostei muito de seus textos, e vou tomar a liberdade de indicá-los à outros colegas!!
    Saps...
    Vladmir Brenner
    GE Verde Canção 47PR
    Maringá PR

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