Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

terça-feira, 29 de maio de 2012

O meu "Velho" livro de Atas.



O meu "Velho" livro de Atas.

Muitos não gostam do livro de Atas. Acham enfadonho e sem graça. Sempre que convidava pais para participarem da diretoria do Grupo Escoteiro quando comentava sobre as atas um olhava para o outro como a dizer – Faça você – Prefiro outro cargo. Não sei por quê. Afinal atas tem uma importância enorme na vida de um Grupo Escoteiro. Claro, sei que nos grupos que voces atuam elas são feitas assiduamente. Eu sempre gostei de atas. E gostava e ainda gosto de escrever. Colocar ali o que cada um diz sua opinião seu estilo de interpretar uma situação, é como sentir a vida dentro daquelas páginas que um dia irão ser lembradas como um fato histórico. Experimente ler uma ata alegre, cheia de sabor, escrita por alguém que dá um toque especial. Vale a pena. As lembranças se você esteve ali naquele dia irão trazer de volta tudo que foi falado, anotado e escrito.
Sempre acreditei na importância das atas. Gostaria de voltar a minha cidade e ver se as da Patrulha que participei as atas daquela época estão em mãos de algum antigo escoteiro. Sei que o grupo não mais existe, mas quem sabe tem alguns vivos lá? Seria uma grata surpresa. Já pensou? Ler o que escrevemos durante todos aqueles anos como escoteiros e seniores? Sempre acreditei que não existe um modelo de estilo de escrita em atas. Nas manuscritas não pulava linhas e quase nunca colocava parágrafo.  Os espaços vazios fazia um traço diagonal e assinava.
A patrulha tinha dois bons escribas. Eu uma vez fui, mas não fui muito aceito. Enfeitava muito no que escrevia. Claro nossas atas contavam sempre tudo que fazíamos em acampamentos, excursões, entrada e saída de escoteiros. Não faltava a entrega de distintivos, estrelas, etapas e tudo que se relacionasse a patrulha. Decisões da Corte de Honra (quando podíamos saber). As reuniões de Patrulha nunca eram feitas sem uma boa ata. E olhe, chegamos a ter mais de dois livros de atas por ano. Uma vez contei oito em cinco anos. Alguns dizem que na Patrulha não são atas e sim diário. Se fazem e ficam gravados para sempre não discuto, mas que vale a pena vale. Quando os anos passam você pode ver ali o cargo de cada um na Patrulha, o dia da promessa, o dia da estrela de um ano, dois, três e os cordões, a segunda e a primeira classe. Os acampamentos, as eficiências de campo, as histórias que surgiram e aconteceram.
São tantas coisas que valem a pena anotar que poderia escrever várias páginas sobre o tema. Por toda minha vida vivi junto a um livro de ata. Nunca deixei de ter uma para anotar e lembrar-se do dia em que foi escrita. Eu acredito e sempre fiz assim que os livros de atas devem ficar a disposição de todo o Grupo Escoteiro e dos visitantes que se interessarem em ler. Nada do Diretor Administrativo levar para a casa, deixar a sete chaves em uma escrivaria qualquer.
Uma vez, quando fui nomeado Comissário Regional fiquei três fim de semana inteiro na sede regional lendo atas que ali encontrei. Uma verdadeira historia contada por um simples livro do escotismo no estado. Tinha um livro de atas de 1930! Falava coisas que sequer pude imaginar. E olhem, é ruim quando você pergunta se o grupo tem tudo isto e a resposta é negativa. Fica como se o grupo não tivesse história, como se seu passado fosse suprimido para a posteridade.
Mas devemos ensinar bem aos escribas como escrever. Se não for assim as atas se tornam tediosas e muitas vezes poucos querem ser os “contadores de histórias” para escrever uma boa ata. O mesmo digo para um adulto que assumiu esta função. Procure dar uma conotação especial ao fato. Claro não é uma narrativa de uma partida de futebol e nem tampouco um conto das mil e uma noites. Leva-se tempo para aprender a escrever com transparência e fazer do acontecido um espelho do real.
Gosto de ver Grupos Escoteiros que tem história. As atas tem papel fundamental. Na minha humilde opinião até mais do que fotos. Um livro de ata da Patrulha, da Corte de Honra, no caso dos seniores/guias do Conselho de Tropa, do Conselho de Chefes do Grupo e da diretoria do grupo, das assembleias. Muitas? Não. Cada uma tem sua particularidade. Cada uma tem sua história. Espero que isto faça aqueles que ainda não tem pensar mais no assunto. Colocar o supérfluo é fácil difícil é criar uma surpresa, uma maneira alegre da escrita onde às personagens ficam simpáticas a todos que leem.
Espero ter contribuído para que o Grupo em que colaboram possa ter sua história contada em seus detalhes mais lindos e suas mais loucas aventuras! 

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