Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Pais, o que fazer com eles?



Pais, o que fazer com eles?

Já escrevi diversos artigos nos meus blogs sobre o tema. Não sei se serviram ou se simplesmente quem os leu sorriu e disse para si mesmo – Tenho outras ideias. Claro que deve ser assim. Quem não pensa e não segue seus projetos de vida e não têm objetivos nunca será nada na vida. Nem saberá como alcançá-los. Mas eles os pais são a razão da existência do Grupo Escoteiro. Infelizmente quando eles chegam veem tudo diferente. Parece que o dono de tudo é o Chefe Escoteiro. Esta é a impressão e acontece mesmo na maioria dos grupos escoteiros. É comum dizerem – “Meu” grupo, “Minha” tropa, “meu” Escoteiro, “minha” sede, comprou tudo! Ninguém disse a ele que é apenas o irmão mais "Velho". Nada mais que isto. Continuando, acho que na Loja Escoteira seja da sua região ou da nacional deve ter vários livros abordando o tema. Nos cursos hoje chamados de formação deve ter havido varias sessões para comentar e discutir o tema. Portanto o que escrevo não deve ser seguido à risca.
Mas acreditem. Vivi isto a minha vida Escoteira. Todos dizem que quem entra para o Grupo Escoteiro é o pai e não o filho. Verdade? Acreditam nisto? Eu sempre acreditei, mas o que vejo é escotistas reclamando da falta de participação deles. E ainda tem alguns a dizerem – O que fazer? O jovem é excelente! Grande Escoteiro! Os pais não ligam e eu o que faço? Claro, não o deixarei só. Se necessário sua manutenção no grupo fica por minha conta. Lindo não? Um Chefe abnegado. Mas ele está certo? Para muitos sim para mim não. Você é um voluntário. Um Escotista. Não é o pai, não é um religioso e nem é o professor ou professora dele e nunca vai substitui-los. Sua função? Colaborar no seu crescimento visando sua formação na escola, na igreja e no seu lar. Enfim você um colaborador e se o pai não entende isto tem muita coisa errada no seu modo de proceder.
É claro que em muitos grupos os pais tem receio em se aproximar. Os chefes se colocam em posição tal que são considerados “seres do outro mundo” (risos) perante aos pais. Quantos quiseram ajudar e o receio de não entender nada? Parece que escotismo é um bicho de sete cabeças! Claro, tem os outros que nem aparecem lá no Grupo Escoteiro. Culpa de quem? Do Chefe é claro. Já vi casos que um outro Chefe levou um jovem e o inscreveu dizendo – O pai é gente boa. Meu amigo ou meu irmão ou meu vizinho. Se precisarmos ele estará pronto a ajudar. É Certo isto? Totalmente errado. Conheço outros casos. O pai ou a mãe e claro na maioria das vezes sempre é a mãe, pois o pai não liga ou está ocupado. (?) Telefona ou passa rapidamente no grupo e diz – Chefe meu filho que ser Escoteiro. Pode fazer sua inscrição. Estou sem tempo agora, mas outro dia volto aqui para a gente conversar mais!
E assim vem caso sobre caso. Os erros vão se avolumando e o grupo passa a ser mantido por poucos e muitos escotistas financiando seus jovens. Um belo dia alguém em sua casa diz – Fulano! Você ganha pouco e ainda está gastando tudo no escotismo? E sua casa? Como é que ficamos? Claro, você pagou taxas dos meninos, pagou uniforme, e financiou seu próprio conhecimento técnico pagando as taxas de cursos que fez. E os pais? Para quem você está fazendo tudo isto? Para os filhos dos outros? É certo? – Meus amigos, torno a repetir quem entra para o Grupo Escoteiro são os pais, os filhos os acompanham. E só.
No dia que alguém os procurar, sejam claros. A presença de ambos é necessária. E não aceite desculpas. Serão dadas as dezenas. Quando aparecerem não faça pose de chefão. Procure sorrir, cumprimentar, apresentar-se, falar um pouco do que faz se tem família e depois ouvi-los. Deixe-os falar. Não fale nada! E só após isto, após ter uma abertura comece explicando o que é o escotismo e o que pretende. O que espera dele o pai e da mãe. O que ele o movimento fará pelos seus filhos desde que eles estejam presentes. Sem eles você não conseguirá nada.
Perca pelo menos uma hora com eles. Você está ali para isto. Se fizer tudo certo no primeiro dia um passo importante foi dado. Agora não abra uma exceção para o filho começar no primeiro dia. Eu sem um cursinho de pelo menos quatro horas com a presença de ambos não aceitava a inscrição. Mas admito que outros façam diferentes. Marquem duas semanas depois. Apresentem os pais ao grupo após o cerimonial de bandeira. Depois apresente o filho. Que o grupo os receba com uma palma Escoteira, que o filho ou a filha receba as boas vindas da sessão que vai ficar.
Teria aqui mais mil ideias, mas fica para uma continuação. Só para terminar, ligue telefone, visite. Você tem a obrigação de conhecer a família. Se conseguir ser amigo meu caro, você conseguiu tudo. E olhe, não o deixe de fora. Uma atividade social em casa dele e depois em outras se revezando. Todos levam bebidas (alcoólicas pode até ser, mas cuidado) e salgados. Tente reunir todos e quem sabe jogar? Claro porque não? Bons jogos com os pais são união e força e um belo caminho para eles no grupo. Se os pais são presentes, você terá dor de cabeça para dar função a todos. E nunca mais vai tirar do seu bolso o que pertence a sua família. E isto é muito bom! E vais sorrir nos cursos, pois pode fazer todos. Agora são os pais que pagam! Não acredita? Eu fiz assim. E conheço muitos que ainda fazem. Como diz o nosso amigo Lord Baden Powell (BP), este é o CAMINHO PARA O SUCESSO!
Aguardem uma segunda parte deste artigo brevemente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário