Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

domingo, 21 de abril de 2013

Meu mundo, meu sonho.




Maria Luíza Corsi Cassiani é Guia. Trás no sorriso todo seu amor ao escotismo. É paulista de Pedreira, mas morando hoje Americana/SP. Logo será uma pioneira. É uma Escoteira de corpo e alma, acredito que a Lei e a Promessa ficarão gravadas para sempre em seu coração. Difícil dizer quanto tempo ficará no movimento. A impressão é de que vai ser para sempre. Escreveu uma história, melhor um sonho. Muito bom. Nele expressa seu interior e o que pensa do futuro. Convido a todos a lerem o Mundo e o Sonho de Maria Luiza. Vale a pena. Sejam bem vindos.

Chefe Osvaldo  


Meu mundo, meu sonho.

                             Estudos, sonhos, promessas, metas, mudanças, realizações, palavras que não saem da minha cabeça desde que comecei a planejar meu futuro e decidi qual seria minha carreira profissional. Pensar no futuro fica difícil quando ele se torna mais próximo, e me lembro com facilidade quando eu jurei que isso demoraria muito para chegar.

                            O mundo que eu sempre sonhei pode se tornar real, só falta um pouco mais de tempo e logo eu o farei existir. Um mundo em que eu pudesse observar pessoas trabalhando com seriedade, onde inexistisse a corrupção, se enxergasse a inocência das crianças nas brincadeiras de rua, no qual os mais novos aprendessem com os mais experientes. Se soubesse conviver em harmonia mesmo com extremas diferenças e a ética fosse o mais sábio principio valorizado pelos habitantes deste mundo tão sonhado por mim.

                             Quando me deparei com a juventude, percebi que eu podia começar a transformar o mundo com mudanças simples até que eu conseguisse chegar aonde eu queria. Foi aí que entrei no movimento escoteiro. No escotismo, eu aprendi valores que contribuíram muito para minha formação pessoal e, principalmente, à minha honra. Aprendi como dar audácia à minha palavra, ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião, conviver em ambientes naturais onde, muitas vezes, só tive o básico para viver, dar meu melhor possível em todos os meus deveres, ter disciplina e o fundamental: virei um exemplo nos ambientes que convivia. Cada acampamento lava minha alma, compõe um milhão de histórias, deixa cicatrizes no corpo inteiro e cria amizades para toda a vida. Esses amigos são também minha segunda família, pessoas que nunca me abandonam. O escotismo é uma escola pra vida.

                           Melhor que lições de vida para eu poder seguir a trilha rumo ao meu mundo sonhado, é ter apoio. Meus pais me apoiam muito nos estudos, no meu estilo de viver e sempre me apontam o melhor caminho a ser seguido. Em busca de ajudar o próximo, dei início a outro trabalho voluntário, dessa vez, auxiliando meu pai na criação da Fanfarra da APAE, com 60 alunos e profissionais participantes. Todas as sextas feiras, meu pai e eu compartilhávamos os ensinamentos para aqueles seres iluminados, os quais mudaram a minha vida, me permitiram ser uma pessoa ainda mais sentimental. Fizeram-me ver a vida ainda mais linda quando eu enxergava os pequenos detalhes que me rodeavam, e me ensinaram que quando a gente ajuda alguém sem esperar recompensas, a gente sempre recebe algo em troca.                     Eu ajudei meu pai a criar a fanfarra e recebi o carinho de cada aluno. Uns demonstravam mais, outros nem tanto, mas cada um me conquistou de um jeito, e ganharam minha total admiração, porque sempre foram muito empenhados mesmo com suas dificuldades.

                             Através de muito esforço, em árduos sete meses de ensaio, a Fanfarra da APAE, sendo formada pelos excepcionais da instituição, abrilhantou a avenida no desfile cívico de aniversário da minha querida cidade natal e, no ano seguinte. A Fanfarra foi premiada no livro Pela Arte se Inclui do Ministério da Cultura do Estado de São Paulo, como uma das 20 melhores iniciativas do Estado voltada para pessoas com deficiência. Um ápice de orgulho ver que a minha existência começava a ser útil.

                             Neste mesmo ano, decidi fazer um curso técnico que me abriria novos caminhos na minha carreira. O curso fica em um município há aproximadamente 75 km de minha cidade natal. Ele se tornou a maior meta para o ano. Saí de casa aos 15 anos para fazer o curso de um ano e meio, e concluir também os últimos anos do ensino médio. Morando com uma senhora que eu conheci no dia que eu fui fazer o “Vestibulinho”, estou concluindo o terceiro ano do ensino médio e o último semestre de Técnico em Serviços Jurídicos.

                               Estar longe da minha família e dos meus amigos, não ter o conforto e a liberdade de estar na minha casa é muito difícil, porque sempre fui muito apegada à união familiar e valorizo muito minhas amizades, porém a experiência que eu adquiri durante este ultimo ano foi algo importante precioso para mim. Convivo com gente que me trata com um carinho especial, de tal maneira que se estabeleceu uma ligação que jamais será rompida, pois está sendo uma fase que cheia de fatos que me ensinaram muito.

                            Hoje eu sei que meu esforço me traz muitos resultados, e quando penso em um mundo melhor, logo me imagino formada em Direito e seguindo carreira como juíza. Lutando pelo mundo com justiça, de tal modo que eu possa ser exemplo para os jovens que se empenham por um futuro melhor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário