Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro. Projeto escoteiro – Operação Chefia.



Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
Projeto escoteiro – Operação Chefia.

Meditava sobre o escotismo de hoje e do futuro. O velho sonho de ser um herói da selva ainda persistia, mas agora na mente dos adultos que chegavam ao escotismo. Muitos deles não tinham sido escoteiros e quando dirigiam suas tropas se colocava no lugar de cada jovem na tropa e em sua Patrulha. A maioria queria voltar no tempo, fazer seu escotismo de raiz conforme ele pensava ser um Monitor, montar seu campo, dar seu grito escolher seu nome, correr pelos campos com seu bastão ser aquele que nunca foi.

Foi então que pensei, porque não organizar tropas de chefes escoteiros? Porque não dar a eles a oportunidade de voltar no tempo e acamparem conforme seus sonhos? – Mãos a obra. Publiquei no Facebook minha intenção. – Amigos, estou organizando uma tropa de chefes escoteiros para um acampamento de 10 dias. Se você é akelá, Chefe de tropa Assistente ou membro honorário do escotismo e quiser fazer parte faça sua inscrição conforme folha anexa. Susto! Enorme! 180 inscrições em uma semana. O que fazer? Uma tropa teria que ter no máximo 32 chefes.

Como escolher? Por graduação ou por conhecimento seria errado. O melhor mesmo seria por sorteio. Assim foi feito. A primeira reunião ficou marcada para um mês depois. Oito dias acampados na Serra do Caparaó. Local de encontro, horário, material e a tralha de Patrulha consegui emprestado em uma tropa escoteira de amigos. O dia chegou chefes gritando sempre alerta. Todos com seu uniforme ou vestimenta. Exigi postura e pedi para não usarem camisa fora da calça. Risos.

Formamos as patrulhas. Vinte minutos para cada uma escolher o nome, o grito, o lema, e o cargo de cada um na Patrulha. Perguntaram-me se não podia ser os nomes das patrulhas de Brownsea. Porque não? Logo estavam apresentando: - Chefe Corvos prontos, e Lobos prontos. Logo vieram os Maçaricos e Touros se apresentando. Todos vibrando, me lembrei do meu curso da Insígnia feito há tanto tempo. Treinamos por alguns minutos os sinais manuais. Havia discordância e agora não mais.

Os chefes vibravam. Sentiam-se rejuvenescidos. Eu sabia que isso seria no primeiro dia, depois as duvidas, as discordâncias iriam acontecer. Não é fácil viver em equipe com quem não se conhece mesmo sendo escoteiro. Isto seria um excelente aprendizado para as futuras tropas. – Uma hora para armarem o campo e mais uma para o almoço! Foi um corre, corre. Eu olhava com atenção cada um. As mulheres não ficavam atrás dos homens. Uma barraca, duas uma mesa, duas, fumaças aromáticas e gostosas no ar. Um sentimento patriótico quando apitei para a bandeira. Cada um em seu lugar virava para a arena e fazia a saudação.

Os Touros me convidaram para o almoço. Estava com fome. Seu cozinheiro era um Chefe de Santa Catarina e o Monitor do Ceará. Distantes na lida, unidos pelo escotismo. Todas as patrulhas almoçaram e convidei para uma Caçada ao Javali. Nada de matar o bichinho, o jogo seria quem conseguiria fotografar um pássaro ou animal mais próximo. Os Maçaricos ganharam. Fotografaram um Jacaré a menos de um metro no lago próximo.

A noite um jogo noturno calmo, todos muito cansados e convidei para uma conversa ao pé do fogo no meu campo de Patrulha. Eu tinha um, fazia questão. Um bule de café fervia nas brasas, um vasilha de água quente para os aficionados do chimarrão. O primeiro acampamento da tropa Minueto iria ficar na história. Eu até pensava no dia das grandes pioneirías, no ninho de águia, no caminho do Tarzan, na torre das nuvens brancas, e no elevador levado pelo vento. Combinados que as patrulhas se revezariam na conversa ao pé do fogo. Dormi como um anjinho.

Acordei disposto a tudo, procurei meu chifre do Kudu para iniciar a jornada do dia e nada. Onde estava? Olhei melhor, era meu quarto, tudo não passou de um sonho. Eita eu que adoro sonhar escoteirando. Senti o cheiro do café que a Célia fazia. Levantei, espreguicei e cantei uma canção escoteira: Que dia maravilhoso, que belo amanhecer, na paz de Deus junto a terra... Ah como é belo viver!

Nota – E você meu amigo, aceitaria meu convite para um acampamento só de chefes? Um perfeito acampamento de Gilwell? Se aceitar será bem vindo, quem sabe fazemos um sem ser um sonho? Os bons tempos dirão. Sempre Alerta.

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