Crônicas de um Velho Chefe
Escoteiro.
Místicas pioneiras.
Prefácio: - AS LENDAS DA TÁVOLA
REDONDA. – “Qualquer um que extrair... Esta espada desta pedra... Será o Rei da
Inglaterra... Por direito de nascimento”!
Pioneiro é um
substantivo masculino proveniente do termo em francês pionnier e significa alguém que é o primeiro a abrir caminho através de uma
região mal conhecida.
Também pode ser um termo que designa um precursor,
um desbravador ou descobridor. Também pode ser aquele
que prepara os resultados futuros ou explorador de sertões. Por exemplo, nos
Estados Unidos, os colonizadores do norte do continente americano eram
conhecidos como pioneiros.
VIRTUDES PIONEIRAS.
Os Pioneiros procuram cultuar as
virtudes preconizadas na lenda inglesa dos Cavaleiros da Távola Redonda, ou
seja:
- VERDADE - - LEALDADE - - ALTRUÍSMO - FRATERNIDADE
- PERFEIÇÃO
“agora estou imaginando melhor a pessoa que está
lendo este livro. Ora, você não é a pessoa que eu queria que lesse o que
escrevi. Você já tem interesse pelo seu futuro e só quer saber o “Caminho para
o Sucesso”. Minhas idéias, portanto, irão se colocar sobre as outras que você
tinha. Minhas idéias podem corrobar as suas ou talvez o desapontem. Em qualquer
dos casos, espero que não se torne menos meu amigo. Mas se já preparou para o
futuro, não é a pessoa que realmente desejo como leitor deste livro. Desejo
aquele que nunca pensou no futuro sozinho ou que nunca planejou o porvir.
Deve haver uma enorme quantidade de rapazes em nossa Pátria que
está sendo arrastado pelas más influências do seu ambiente porque nunca viu
caminhos mais limpos. Esses rapazes não sabem que com um pequeno esforço
pessoal podem elevar-se sobre o que os cerca e remar na sua rota para o
sucesso“.
“Enquanto escrevo estas linhas, está acampado no meu
Jardim um exemplo vivo do que eu espero que seja o resultado desse livro numa
escala crescente”. De todo o coração espero que isso aconteça. Ele é um
vigoroso “Pioneiro’ cerca de 20 anos de idade, portanto um camarada que está se
adestrando para ser um homem adulto”. B-P.
(B-P no livro Caminho para o Sucesso).
...
Vejamos um pouco mais sobre a mística pioneira. Atendendo à necessidade do
Homem de transformar a vida em símbolos, é preciso que as atividades do Ramo se
façam envolvidas por uma mística. Como o Homem faz sua história construindo um
elo entre fatos passados, os presentes e os futuros, nada mais simples do que
buscar, em algum momento da nossa história, situações que se assemelhem com a
que vivemos atualmente no Clã para constituírem a Mística do Ramo Pioneiro.
Foi
marcante para a humanidade a época dos Cavaleiros, caracterizada pela busca do
conhecimento, de novos limites, até mesmo territoriais, e quando os valores
morais e religiosos eram muito fortes para a conduta dos homens. E, dessa
época, lenda ou não, o que mais tem sido lembrado, histórica e literariamente,
é a corte do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda. Como em todos os
fatos passados, não se pode distinguir mais o que foi real do que é fruto da
imaginação literária, mas o que importa são os valores transmitidos e que podem
servir de estímulo às nossas ações atuais. É o passado possibilitando a
concretização do presente.
Falar ou escrever com propriedade e fidedignidade sobre o Rei Arthur é
uma tarefa muito difícil, porque simplesmente não existe nada historicamente
confiável. Aliás, “Arthur” é um herói que nem consta das linhas do tempo nos
sites de história ortodoxa. Para suprir esse vazio, abundam as tradições dos
antigos trovadores e novelistas que iam de burgo em burgo cantando as proezas
heroicas de um grande guerreiro que unificou as tribos bretãs e expulsou os
invasores normandos e saxões provenientes do continente europeu no século V de
nossa era cristã.
Na Idade Média, época em que
todas as mesas eram compridas, a távola do rei Artur surpreendia as pessoas:
"Por ser redonda, ela não tinha nem cabeceira alta, nem cabeceira baixa;
por isso, todos sentavam em volta dela como iguais". A Távola Redonda foi
um presente do mago Merlin ao rei Artur. Ao seu redor, sentaram-se doze
cavaleiros que tinham um ponto em comum: juraram ser honrados em toda e
qualquer situação e dedicar-se incansavelmente à busca do Graal, uma taça
misteriosa que havia contido o sangue de Cristo.
Nesses Contos e lendas, dois cavaleiros se destacam: Percival, o Galês, enamorado de Brancaflor, e Lancelot do Lago, talvez o único que nunca traiu a mulher de seus sonhos, mesmo condenado a um amor impossível: ele amava Guinevere, a mulher do rei Artur. Ser membro da ordem da cavalaria era o ideal de todos os jovens da nobreza. Obter essa honra significava viver entre amores e guerras e estar sempre pronto a vencer os desafios com entusiasmo e bravura.
No
presente, na vida do pioneiro, também vamos perceber a busca que esse jovem faz
para encontrar o conhecimento. Ele como um antigo cavaleiro se aventura por
novos caminhos, norteado por um código (Lei Escoteira e Virtudes Pioneiras) e
com um lema a seguir: Servir. Diante da semelhança, nada mais natural que se
adote como Mística do Ramo Pioneiro a época e os costumes dos Cavaleiros da
Távola Redonda.
Tal fato
não significa teatralizar os momentos místicos e importantes da vida do
pioneiro e, sim, resgatar dos Cavaleiros os costumes e símbolos que são comuns
a ambos.
Lembremos
que místico é o que contém o caráter de alegoria (falando-se de coisas
religiosas); misterioso; relativo à vida espiritual; relativo à devoção
religiosa; devoto; aquele que professa o misticismo; aquele que é muito devoto;
aquele que escreve acerca do misticismo. No caso do movimento Escoteiro a
mística nos guarda lembranças e sentimos orgulho em pertencer a um movimento
onde ela tem muito valor. - "Sou forma de vida misteriosamente mística, guiada
pelo vento, entre o céu e a terra”.
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