Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

CIVISMO, GARGO E BOA ORDEM



Civismo, garbo e boa ordem


Diversas vezes assisti e ouvi comentários diversos sobre ordem unida nas seções escoteiras. Eu mesmo tive experiências, algumas boas outras nem tanto quanto a ordem unida, marchas militares etc.

Não sei o quanto isto implicou com minha formação escoteira e formação de vida. E olhe, marchei muito na minha vida, tive instruções de ordem unida por muitos anos. E ainda bem que aprendi a tocar uma “corneta”, pois quando servi o exercito me deu um pouco de boa vida (risos)

Mas quando fiquei adulto, comecei a ver o escotismo de outra forma. Não na sua parte de  Princípios e Métodos, isto não. Alguns membros de equipes de adestramento (hoje formação), diretores nacionais e regionais até mesmo alguns Diretor Técnico não aprovam muito a ordem unida. Dizem que o escotismo não é militarista e etc. e etc. No desfile devíamos apenar andar sem marchar (?), apenas mantendo o garbo e o espírito escoteiro. O POR é claro a respeito.

Participei de alguns desfiles conforme as instruções dadas. Senti-me um peixe fora d’água. Andar? Deus me livre! Fui duas vezes e nunca mais. Papel que considerei ridículo. Tudo porque alguém achou que o escoteiro não marcha e nem deve ter ordem unida. Fanfarra então?

Claro que no passado, lá pelos idos de 1930/50, diversos políticos nacionais e regionais em cargos de relevo, principalmente em meu estado de origem, deram enorme valor a educação escoteira. Com dificuldade em arregimentar adultos a curto prazo, se recorreram às polícias militares. Deram tanta facilidade aos interessados, que eles por falta de conhecimento (adestramento) não sabiam o que fazer. Não conheciam o método e assim era melhor colocar a turma em forma e marchar. Era o que sabiam fazer. Esqueceram do principal, formação escoteira e cursos escoteiros.

Por uma época quando jovem tive um chefe de grupo (Diretor Técnico e meu segundo pai) era militar (indicado pelas autoridades da cidade) e passamos a ter muitas atividades de ordem unida, marcha militares e até uma pequena fanfarra foi adquirida. Participei dela. Tenho saudades. (risos)

Claro, as atividades de tropa, o sistema de patrulhas e as atividades extra sede eram freqüentes. Nesta época nossa postura era pseudo militar, o que para nós significava garbo e boa ordem. Acho que valeu muito para a minha disciplina e apresentação quando adulto.

Hoje aconselho sempre que posso, que uma postura como esta é necessária. Explico melhor – Um pouco de ordem sim. Não muita. Mas mostrar que a apresentação pessoal, ou mesmo quando em atividades cívicas (desfiles) na cidade, os jovens saibam se portar com garbo e boa ordem e não ficar andando, pois isto leva o público a não entender bem o que está acontecendo. Vão até nos achar indisciplinados, ou mesmo caricatos e ridículos. Eu mesmo já observei parte do publico rindo. Todos marcharam os escoteiros não.

Claro, centenas ou milhares irão se posicionar contrariamente ao que acabo de comentar. Acham que a formação do jovem não precisa disto e o movimento escoteiro também.

Não sei. Precisamos mais de disciplina e respeito na juventude atual. A liberação hoje é enorme. Vejo patrulhas e matilhas que quando chamadas se apresentam de qualquer jeito, os monitores e primos nem ligando se os que estão atrás estão garbosamente formados virados ao contrário.

Ao formar patrulhas, matilhas, ou mesmo adultos escotistas em atividades próprias, insisto na disciplina, na postura militar sem exigir claro, igualdade aos métodos militares. Pelo que vi e pelas centenas de jovens que cresceram nos órgãos que tive a honra de colaborar, os exemplos são notórios. Seus filhos seguem a mesma doutrina e olhe, não discuto se é certa ou errada.  Cada um tem seu próprio exemplo e a ele deve seguir

Fico feliz em saber por contatos com amigos escoteiros de todo o país, que nas atividades cívicas em suas cidades os jovens do grupo mostram que tem garbo e boa ordem, recebendo o carinho da comunidade e os aplausos da população que ali compareceram. Ao contrário, amigos meus fora do escotismo comentam que os que passeiam não trazem uma figura escoteira, tão esperada em nosso movimento.

Abomino qualquer outra característica que nos trazem os pensadores, pedagogos e psicólogos. Sou ainda daqueles que precisamos ver o futuro para ver se o caminho a seguir seria esse. Quando ao garbo que vive, tenho certeza que deu certo. Que os digam os milhares de jovens que junto a mim passaram por esta experiência.

Enfim, um pouco de ordem unida em suas seções, quem sabe um “tamborzinho e um tarolzinho” (risos) não machucam ninguém. Podem trazer excelentes benefícios no futuro Não me convidem para uma atividade cívica onde os jovens estarão andando displicentemente, ou atividades escoteiras onde a postura é deixada a desejar.

Lembro a todos que me lêem que não sou o dono da verdade. Dizem que conselhos se fosse bom, seria pago. Mas nunca é tarde para lembrar temas que devem ser discutidos e aprovados por todos e não porque alguns resolveram que seria melhor assim. (E colocaram no POR)

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