Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

RECORDAÇÕES - O ESFORÇO PARA FAZER A PROMESSA



Recordações – pequenos contos perdidos por aí.

O esforço para fazer a promessa

- Eu me lembro até hoje de como foi difícil para “tirar“ as provas de Noviço. Não é esta “moleza“ que temos hoje. (risos) (só por dizer, sei que ainda é muito difícil). Todo o dia olhava meu uniforme com carinho. Sabia que só poderia usá-lo desse dia em diante. Estava perfeito no guarda roupa. Engomado. O cinto já havia recebido várias “graxas” para  “amaciar” o couro e fazê-lo durar mais. O metal brilhava, pois eu não economizava na pasta de dente (usada naquela época para manter o metal e seu brilho). 

  Aguardava com ansiedade o dia da minha Promessa. Sonhava. No colégio muitas vezes minha mente estava voltada para o dia que estaria fazendo meu juramento. Já sabia ele de cor e salteado e tinha até treinado em frente ao espelho. Treinei a “pose” que iria fazer. O sorriso que iria dar.  Só quem passou pôr isso sabe o valor da Promessa.

- Entendia perfeitamente o seu significado -  Era sempre assunto no “Conselho de Patrulha”. A Corte de Honra tinha aprovado e o próprio chefe conversou diversas vezes comigo a respeito. Dizia a mim mesmo que iria cumprir a lei e a promessa para sempre. Lembro até que um dia disse para mim -
Escoteiro, hoje você vai cumprir os 10 artigos da lei! Caramba! Como foi difícil. Meu lenço toda hora ficava com o nó na ponta. Só desfazia quando a boa ação era feita. E minha moeda da Boa Ação? De bolso em bolso. Nunca a perdi. Nunca.

Quando chegou o dia foi o mais feliz em minha vida. Aquele uniforme tinha um valor tremendo. Lutei pôr isto. Mereci usá-lo. O chefe me olhando e dizendo – Ei você escoteiro! Conhece os artigos da lei? Sim chefe, e falava um por um. Acha que está preparado para fazer esse juramento? Sim chefe. Estou. Então faça a meia saudação e diga a Promessa! Prometo, pela minha honra, cumprir meu dever para com Deus e minha Pátria. Ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião e obedecer à lei do Escoteiro! Naquela época não se dizia ainda fazer o melhor possível.

 Todos vieram me abraçar. Meu monitor disse-me que estava orgulhoso de mim.  Eu sorria, mas queria chorar de alegria. Quando fui para casa, demorei o triplo do tempo que percorria o trecho até minha casa. Por quê? Para dar uma volta em vários quarteirões. Para que todos me vissem de uniforme. Risos. Que orgulho amigo, que orgulho!

Sabia que daí para frente não haveria desafios para mim. Que eles viessem, que a segunda e a primeira classe me esperassem. Como era bom ser escoteiro. Como era bom viver aquele momento. Obrigado meu Deus!

Nunca mais esqueci aquele dia.

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