Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

RECORDAÇÕES - PEQUEQUENOS CONTOS PERDIDOS POR AI.



Recordações – pequenos contos perdidos por aí.

Os maravilhosos lobinhos....

Estava eu na sede escoteira, no dia de reunião, absorto em meus pensamentos, triste, problemas mil, cabisbaixo, pensando, pensando, quando um lobinho Pata Tenra passou pôr mim, (muito bem uniformizado por sinal) parou, ficou em posição de sentido e disse: _ “Melhor possível chefe! “- Fiquei em pé e sorri meio sem jeito retribuindo a saudação. Melhor possível. Melhor Possível...
     - Ah, Esses lobinhos maravilhosos e suas maravilhosas poses e sorrisos...

E meus problemas? Hã! Esqueci todos....

Quando ele passou para a Tropa de Escoteiros

- Logo após ter passado para a tropa de Escoteiros, vindo da Alcatéia, senti uma grande liberdade na patrulha pôr mim escolhida (deixavam que os lobinhos pudessem escolher suas patrulhas quando fossem fazer a Trilha). O Chefe e dois dos assistentes foram grandes amigos e foi um choque ao ver um monitor dirigir sem a presença deles em diversas ocasiões. Era um susto e tanto, pois na Alcatéia não tínhamos essa liberdade tão aberta!

- Ali encontrei muita amizade e companheirismo. Tinha alguma preocupação com a liberdade de todos e me preocupava sempre com que fazíamos. Havia sempre o receio se desse errado em alguma atividade.

- Nem bem tinha completado três meses de tropa, e saímos pela manhã de um domingo (somente a patrulha em uma carta prego) indo de ônibus até a periferia da cidade e lá nos dirigimos a um sitio de um velho amigo do Grupo, que pôr sinal era sempre visitado pôr muitos escoteiros. 

- Na patrulha havia dois cargos em aberto, explico melhor - Todos nós escolhíamos nossas responsabilidades na patrulha e caso houvesse mais de um interessado no mesmo cargo, era feito sorteio. Assim, escolhi ser o escriba da Patrulha. Tinha facilidades para escrever e como um “Pata Tenra” achava ser a mais fácil.

- Chegamos ao sitio pôr volta das 08 e meia da manhã. Não era bem um sitio, estava mais para uma fazenda. Somente um sitiante na porta de entrada, pois o local quase não era explorado e se mantinha intacto principalmente a mata e pastos. Alguns bois, alguns cavalos, e mais nada.

A casa sede era pobre. Três cômodos sem banheiro. Instalamo-nos e logo procuramos uma arvore para o cerimonial da Bandeira. Deram-me a honra de hasteá-la.
Nosso monitor era calmo e ponderado. Era um autentico líder. Comecei a me acalmar à medida que participava das atividades. Os chefes já não faziam falta. Treinamos barraca, machadinha, nós (sem teoria) e corte de lenha, tudo isso pela manhã.

As 12:40 hs fizemos um lanche. Foi nesta hora que resolvi dar um giro pôr conta própria sem  falar com os demais. Atrás da casa havia um arvoredo muito bonito e ouvi um barulho de uma cascata. Dirigi-me até lá. Não era tão perto. Andei um bocado! - No meio das árvores só o barulho me chamava à atenção. Enfim avistei um pequeno riacho com águas límpidas e claras. Tão claras que se avistava o fundo. Fiquei hipnotizado! - Como era belo tudo aquilo! - Lembrei dos diversos contos da História da Jângal, contadas pela nossa Akelá, nas belas historias de Mowgly  junto ao Balu e Bagueera!

- Passei um pouco de água no rosto e vi que era hora de voltar junto a Patrulha. Dei meia volta e senti um calafrio! - Não sabia pôr onde tinha vindo! - Comecei a tremer nos meus 11 anos, agora  cheio de dúvidas. Não sabia se chorava ou se confiava que me achariam facilmente. Optei pôr ficar ali.

- O tempo passava e eu já estava chorando baixinho. Senti uma mão no meu ombro. Levei um enorme susto. Era o nosso monitor. Graças a Deus!

- Voltamos junto e no caminho pensei que meu “papelão” seria ridicularizado pôr todos.  Estavam cada um fazendo uma atividade diferente. Nosso monitor pediu a um 2 a. classe para me dar um adestramento de posicionamento e marcação de pontos cardeais para ser usado quando se anda em pequenos bosques. Ainda não estava na hora de um bom adestramento de bússola e orientação. Tudo deveria fluir naturalmente e na hora certa!

- Não houve sermão. Só um pequeno lembrete pelo monitor e comigo a sós. Sorri agradecido. Nunca mais se repetiu.

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