Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

quinta-feira, 8 de março de 2012

Estes Escoteiros e estes Lobinhos são o “Cara”



Estes Escoteiros e estes Lobinhos são o “Cara”

(O presidente americano Obama, usou esta expressão para definir o presidente brasileiro – significa o homem certo, aquele que é líder, motivado etc.).

Quem não tem em sua tropa ou alcatéia, aquele jovem ou aquela jovem que mostram serem os melhores?  Os mais interessados? Os mais dedicados? Todos têm alguém assim. São os primeiros a chegar à sede e os últimos a sair.

Nos acampamentos, excursões, em qualquer atividade lá estão eles/as sempre com todo o equipamento, uma boa mochila, bem uniformizados e sempre sorrindo. Não reclamam, são sempre bons estudantes, bons filhos enfim chegamos até a pensar que ele ou ela já nasceram com Espírito Escoteiro. Eles são nosso orgulho e sempre os exemplos em qualquer situação. Pedimos a Deus que toda a tropa ou alcatéia fosse assim. Mas sabemos que não.

Porque os demais não são do mesmo jeito? Afinal o programa dado é o mesmo para todos, e se uns poucos se destacam porque não os demais? Já ouvi alguém dizendo que os “outros” não nasceram para ser escoteiros. Verdade? Existe isso mesmo? Então teríamos que fazer uma seleção quando o jovem nos procurasse?

Infelizmente para muitos a realidade é outra. Eu mesmo acredito que todos podem ser escoteiros. Não importa o QI, o grau de instrução ou seu meio social. Escotismo foi feito por BP com simplicidade. Sem complicação. Se bem aplicado, todos serão ótimos escoteiros ou escoteiras. É claro que depende do treinamento dos chefes. Seja na Alcateia ou na tropa. Se eles são “bons” se eles sim forem os “caras’ não tem erro”.

É preciso respeitar o jovem. Não me entendam mal. Se ele vai à sede, vê os mesmos programas, descobre que as promessas que lhe fizeram de acampamentos, excursões, travessias de rios, florestas, sinais de pista, barracas, grandes construções, e fazer sua própria comida e ao contrário não encontram nada disso, ele vai embora. Podem dizer o que quiserem. Que ele não nasceu para ser escoteiro. Como se todo jovem pudesse fazer sua escolha ao nascer.

Portanto, se sua tropa ou a Alcateia tem poucos “cara” não sei não. Caia na real. Faça cursos, leia muito, procure outras tropas para discutir e aprender. Cuidado com ficar só reclamando: - O João não veio? O Pedro não veio? Problema deles, se faltarem mais uma digam que está cortado da patrulha. Risos. Depois tira daqui e dali. Reformem as patrulhas. Eram quatro? Eles estão indo embora? Façamos três. Se aparecerem novos nós faremos nova Patrulha.  Não é assim? Acho que não teremos nunca uma Patrulha estável agindo desta maneira. Sempre se mexe para um jogo, para um evento ou para uma atividade ao ar livre.

Meu conselho é um só. Sei que não vão seguir, mas converse, converse muito com seus monitores, converse também em particular com os desanimados. Vá a casa deles. Ouça. Não retruque. Não dê explicações ou faça promessas incabíveis. Tudo que aconteceu até agora foi culpa ou sua ou dos chefes. Depois façam um plano junto com os monitores que ainda estão com você. Na Alcateia um pouco diferente, mas os primos podem ajudar e muito.

Sei que é difícil aceitar criticas. Dizer que não vai dar. Ele não nasceu para ser escoteiro ou escoteira. Como disse um dia o nosso querido Chico Xavier, ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo. Mas pode a partir de agora começar de novo e acertar. Não culpe os meninos e meninas. Culpe você. Não fique triste. Sei que faz tudo que podia. Sei de seu sacrifício, das horas e dos gastos que fez. Mas não atingiu o objetivo.

Quando você for amigo dos monitores e subs, quando tiver reuniões com eles para seu adestramento ou formação, quando você ouvir suas opiniões, você verá que a procura de novos virá naturalmente. Isto é claro quando as opiniões deles forem válidas. Quando sentirem que o programa agora pertence a eles. Difícil? Para mim não e para você eu sei que também não.

Dê a eles mais campismo. Mas atividades aventureiras. Leve uma barraca, deixe os monitores ensinarem a suas patrulhas, faça um jogo de armar barraca de olhos vendados. Os Sinais de Pistas estão ultrapassados? Pois programe uma patrulha para fazer uma pista por mais de 1000 metros e que as outras sigam. Leve corda deixe por conta dos monitores fazer um comando crawl. Deixe-os aprender até a exaustão descer de arvores com cordas usando o volta do salteador.

Mas deixe-os fazer. Não faça nada. Saia de perto, por favor! Ó programa é deles e não seu. Se fizerem errados é isso mesmo. Nosso método. Aprender a fazer fazendo. Pode dar um “pitaco” ou outro e no final, diga: parabéns patrulhas, muito bom. Será bem melhor na próxima!

Torno a afirmar e podem perguntar aos grupos que assim agem que a procura é sempre maior do que a saída. Nada em tempo algum vai substituir a vida ao ar livre, as atividades aventureiras, os acampamentos e o sonho que o jovem tem de também ser um herói. Pensem bem, se vocês estão sofrendo com a perda de jovens, se a procura é menor que a saída, se ha desinteresse, se somente um ou dois “caras” estão motivados, então é hora de mudar e logo.

Tenho certeza que vocês podem ter e vão ter muitos “caras” em suas seções. Basta querer e ter força de vontade. Desejo de coração o que dizia BP, o sucesso sempre! 

É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer.

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