Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

domingo, 4 de março de 2012

O DOCE SABOR DE UM SORRISO



O DOCE SABOR DE UM SORRISO
A menina do Águia Branca que mudou o meu dia

“Devo fazê-la descer, persuadi-la a pousar em meu pulso, ficar imóvel pelo tempo suficiente para que eu lhe ponha a peia e depois levá-la a conversar sobre o reino azul, nas montanhas verdejantes do infinito em que habita”.
 “Pois não se trata de uma Águia Branca comum a desafiar o vento, mas sim de um pássaro mágico que voa pelas tempestades, enfrentando o Deus Sol da imensidão do universo...”.

A vida é bela. Já dizia BP em seu livro o Caminho Para o Sucesso. Eu gosto da vida, adoro meus dias, e vivo cada momento como se fosse único. Mas chega de “delongas” e vamos aos “entretantos”. Sábado, um dia normal sem sol e sem chuva. Escurece e lá vou eu para uma jornada que poderia chamar de uma volta ao passado. Chego, entro, compro meu passe de entrada e ali mesmo alguns me reconhecem. Eu só os reconhecia pelas fotos aqui do face.

Caminho em direção ao pátio. Estou só. Logo aparecem chefes, dirigentes que me reconheceram. Abraços, Sempre Alerta! E como sou um “moleza” pedi uma cadeira para sentar. Ali fiquei rodeado de escotistas, pais e ao meu lado amigos do passado. Um que vi como escoteirinho e agora pertence a corte. Distrital. Insígnia (risos) mas é aquele mesmo jovem do passado. Do outro lado minha amiga de todas as horas, muitos anos de luta no escotismo e para minha alegria trabalhamos juntos na mesma empresa.

No pátio a escoteirada se divertia. Corre daqui e dali. Mais adiante em uma cobertura parece que tinha alguma coisa, pois toda hora alguém gritava. Devia divertir a todos. Não fui lá. Minha respiração e minhas pernas apesar de quando saí de casa as repreendi para não me decepcionarem as “danadas” não obedeceram. Papos, histórias, contos e claro as fofocas escoteiras da corte não faltaram. Dois insígnias (tinham vários, nunca vi tantos reunidos assim) que agora eram membros da corte cursante, zuavam gostosamente no meu ouvido as ultimas.

- Sabia da última "Chefe" Escoteiro? Estão fazendo mudanças. Querem acabar com o uniforme caqui. A turma paulista não vai deixar. Outros estados também não. Risos e risos. Nada de novo no front. E vem essa conversa fiada de dar ideias para o novo POR. Uma piada. Já tem os membros da corte tudo definido e os outros 67.000 mil que se danem! Pesquisas? Nunca! E quem quiser que conte outra! Risos e risos. Tudo como dantes no pais de Abrantes. Mas não é essa a historia aqui. Esta já foi contada e recontada. Mais risos.

Uma jovem simpática, que aqui no face sempre me faz companhia com seus deliciosos comentários veio do Rio de Janeiro só para a festividade. Uma força de mulher. Aqui e ali trabalhando. Nada de conversas paralelas. Lá estava ela na entrada junto ao chefe cozinheiro, um jovem simpaticamente educado. Outros que não reconhecia e soube que dentro do salão de festas mães e muitos escotistas estavam a fazer os seus “quitutes” que estavam sendo deglutidos com força jugular, própria de escoteiros.

Tudo ia muito bem. Muito bem. Mas algum de extraordinário aconteceu. Em tudo na vida que nos acontece tem pontos que marcam. O pátio que estava na penumbra, uma luz brilhante começou a se formar. Perspicaz como sou (gosto de me elogiar) conversava, ouvia, e claro via tudo em meu redor. A escoteirada correndo, camisas fora da calça, lenços de qualquer jeito, mas tudo bem. Era festa. Um direito de jovens alegres e audazes em busca da diversão.

Vi no meio da turba ao meu redor, uma senhora simpática que me olhava e sorria. Ao lado outra senhora e uma escoteirinha. Sumiam e apareciam de novo. Olhavam-me e sorriam. Pensei com meus botões, será alguma conhecida do face? Ou quem sabe uma lobinha de anos e anos atrás que ali labutei com chefia? Conversas paralelas, fotos distribuídas pelo meu antigo Escoteiro (hoje um homem feito) e lá e estavam de novo elas, a me olharem sorrateiramente.

Enfim, se aproximaram. "Chefe" Escoteiro esta é minha filha. Reconheceu o senhor pela foto do face! Estava envergonhada de procurá-lo. Disse que queria cumprimenta-lo, mas estava receosa! Surpresa! Seria eu mesmo? Ela "Chefe" Escoteiro falou com o senhor lá no face. Queria muito conhecê-lo. Risos, alegria, olhei para a escoteirinha. Linda, simpática à beça. Aquele sorriso contagiante que só jovens puras no pensamento nas palavras e ações sabem dar. O pátio para mim se iluminou. Meu dia transformou. A festa teve seu apoteose! Palmas para o mundo! Palmas para mim! Eu era agora o mais feliz homem do mundo! E palmas para a escoteirinha. A menina que transformou o dia em luz brilhante.

E lá fui eu de carona com outro Chefe para casa e lembrando-se da escoteirinha. Seu sorriso, seu semblante ficará marcado para sempre na minha memória. São coisas assim que nos fazem chorar, emocionar, e sentir que o escotismo tem jeito. Tem de ter. Um amor, uma fraternidade que só aqueles que passam ou passaram por isso sabem como é. Obrigado escoteirinha. Obrigado mesmo! Valeu! Vou guardar seu sorriso e seu semblante para sempre!

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