Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

sábado, 16 de junho de 2012

A empáfia de todos nós.



A empáfia de todos nós.

Não, todos nós? Claro que não. Afinal dizer que todos nos somos possuidores de arrogância, desdém, intolerância são adjetivos fortes demais. Porque não dizer que somos prudentes, discretos, humildes, circunspecto? Isto assim seria melhor. Mas seria isto mesmo o que eu queria dizer? Bem, procurei outros adjetivos e não encontrei o que queria e quem sabe hoje não estou muito inspirado. Mas vejamos será que estamos mesmos ouvindo os jovens em nossas sessões? O que? Claro que sim irão me dizer. Mas eu ainda insisto, e porque tantos se afastam? Porque não temos a maioria das sessões escoteiras em todo o país completas, sem vagas, e com isto nosso movimento iria atingir proporções excelentes dentro da comunidade?
É costume ver por aí, alguns dizendo – Eu sei o que eles querem. Eu sei o que o meu Escoteiro quer. Eu sei o que meu Monitor quer. Eu sei o que os lobinhos querem. Eles sabem que eu os entendo. Dou o meu melhor. Mas porque não temos patrulhas completas anos a fio? Agora é fácil dizer que sabe o que eles querem. Aprendemos com nossos dirigentes. Eles sempre agem assim. Dizem saber o que precisamos e o que nós queremos. Sei da boa intenção de todos, mas boas intenções? Sem polemizar vejam a ata (no site da UEB) onde se comenta o novo uniforme. Leiam calmamente. Analisem e pensem – Porque pelo menos não deram ciência ou colocaram em votação na Assembleia Nacional? Notem que alguns dos membros falam sobre isto. E no final dizem – Vamos mostrar no Jamboree. Mostrar e dizer – Eis o uniforme novo. Podem bater palmas! Só nas lojas escoteiras!
Mas não quero falar sobre uniforme. Já me enchi com os tais que se arrogam em defensores de tais atos com justificativas plenas e abrangentes que satisfazem a muitos. Eu sinto que temos uma falha muito grande em não sabermos fazer pesquisas, ouvir a todos (dependendo do tema todos setenta mil como consta no relatório) para se ter uma ideia do que fazer. Mas pesquisa não é coisa de amadores. Hoje mesmo vi um artigo do Ombudsman da Folha de São Paulo, que critica o jornal pelas pesquisas e diz coisas interessantes sobre ela – Não devemos nos impressionar com milhares de entrevistas realizadas. – É preciso saber como foi o questionário aplicado – Desconfiar sempre em pesquisas da Internet – Transparência é importante. O tema é longo, e olhem não sou um expert no assunto. Mas do jeito que anda as coisas está ruim. Atenção, nada a ver com a explicação da UEB sobre a pesquisa que fizeram do novo uniforme.
Uma vez, dirigindo um encontro de jovens (aproximadamente oitenta deles de todo o estado) o tema principal fugiu devido à liderança de dois ou três que resolveram colocar em questão o uniforme. Deixei a discussão andar. Oitenta discutindo? Nada disto. Não mais que cinco ou seis. Os demais acompanhando sem opinar. E no final chegaram à conclusão que o uniforme usado no exercito pelas forças de fronteiras (no Amazonas) seria ótimo para os seniores. Bem, no ano seguinte as mesmas discussões agora aprovaram outro. Das forças especiais americanas. Porque isto? Cada ano uma escolha? Acredito que os chefes não ensinaram para eles os valores básicos do escotismo e que dai se incluem as tradições.
Quando ouço alguém falar que sabe o que é melhor para sua tropa fico preocupado. Se verificarem bem todos que assim procederam pode ser que alguns não tiveram bons resultados finais e não foi BP quem disse que só os resultados interessam? Até hoje os resultados não foram os piores, mas também não foram os melhores. Estas mudanças quem sabe influíram no nosso crescimento quantitativo e qualitativo. Quando todos chegarem à conclusão que o Grupo Escoteiro é a parte mais importante em toda a organização e para isto ele deve ser ouvido em qualquer mudança então só assim poderemos acreditar na força do nosso movimento. Até lá parece que não temos direitos e como dizem alguns nós somos a parte que devemos preocupar como nossos jovens e fazer deles cidadãos de bem. E os dirigentes? Liberdade para fazerem o que quiserem? Normas dirigidas por uma pequena fração representativa?
Comece agora a ouvir seus jovens. Faça-o como BP nos ensinou em seus livros escoteiros. O Escotismo para Rapazes e o Guia do Chefe Escoteiro. Não acredite no que dizem alguns que eles estão ultrapassados. Não estão. Adaptações sem alterar o conteúdo são válidas. Mas ali está a essência do escotismo. Se isto não tiver mais valor, é melhor chamar de outro nome, mudar a organização e deixar de lado as bases do escotismo que deu enorme contribuição e pode ainda dar muitas contribuições na formação da juventude de uma nação. Quem se arroga como proprietária do nome Escoteiro no Brasil deveria honrar as tradições. Pelo menos isto! 

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