Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A lenda do Sapo Vermelho.



A lenda do Sapo Vermelho.

(Nesta historia simples, coloquei o nome de muitos amigos meus do Facebook. As personagens nada têm a ver com a personalidade de cada um. Fazem parte do desenrolar da história. Aos demais amigos peço desculpas por não ter colocados todos na historia. Não ia ser fácil. risos).

                O Grupo Escoteiro Águia do Deserto estava em polvorosa. O Chefe Castanha, Diretor Técnico conversava com o presidente do grupo o Chefe Rogerio. Conclusões? Ninguém sabia. Como agir? Diversas sugestões. O próprio Conselho de Chefes reunidos no dia anterior ficou por mais de quatro horas tentando achar uma solução. Eram e sempre foram um Grupo Escoteiro padrão e bem respeitado em sua cidade. Hiury o Chefe da Tropa estava lá. Esteban o Mestre Pioneiro quase não falou. Hilda da Tropa de Guias era uma grande amiga da família de Milinho. Antônio Carlos calado. Sempre fora assim.  Felipão um assistente muito falante falava sem parar. Carlos Adl da tropa Escoteira que sonhava em receber sua insígnia não perdoava. Rodrigo assistente nos seniores e Rosa assistente da tropa das escoteiras eram os mais exaltados. Os pais de Milinho (Murilo) Rui e Marcia choravam durante a reunião. Pensavam o que fizeram para ter um filho assim. Foi uma discussão das boas.
               Era verdade. Milinho o lobinho não era flor que se cheire. Traquinas era pouco para chamá-lo. Quase pôs fogo na sede na semana anterior quando acendeu cinco velas para chamar o “Espirito de Mowgly” como ele dizia. Ainda bem que a Bagheera Elizete chegou a tempo para evitar a catástrofe. Na Alcatéia todos gostavam dele. Vanessinha pata tenra era sua preferida. Talvez porque ela sempre o ajudou nas suas “lambanças”, mas sabida, ficava com um pé atrás com cara de inocente arrependida. Milinho tinha sido expulso de duas escolas primárias. Mesmo os pais insistindo, pois ele só tinha sete anos Dona dryka à diretora disse que não aguentava mais. Na classe nenhuma professora podia dar aula. A professora Aline um dia achou que ia vencer a batalha com ele. Colocou de castigo na ultima carteira e assim ninguém veria sua traquinagem. Sorrindo foi sentar quando sentiu uma pontada enorme no traseiro. Alguém colocou na cadeira varias tachinhas e ela não aguentou mais. - Já para a diretoria disse!
              Os pais de Milinho eram pobres, mas a vizinhança que gostava muito deles tentaram ajuda-los a pagar um psicólogo e quem sabe ele melhoraria? Seu Nilton o presidente dos amigos do bairro e sua esposa Dona Luiza foram a casa deles levar a boa notícia. Ao subir na escada da varanda não viu uma cordinha esticada. Tropeçaram e caiu em suas cabeças uma lata cheia de água. Os pais pediram desculpas. Na semana seguinte o levaram ao psicólogo. O Doutor Marcelo Bezerra riu quando disseram como era Milinho. – Deixa comigo disse. Vamos tentar ajudá-los. Tudo foi bem na primeira consulta. Na Segunda o cheiro ruim invadiu o consultório. O Doutor Marcelo descobriu um barbante que fedia à medida que queimava as pontas. Olhou para Milinho e não disse nada. Bem foram só três consultas. – Olhem disse o Doutor Marcelo, tentem os escoteiros. Se eles não puderem dar um jeito nem Deus pode. E riu.
               Ilda era da Matilha Verde. Detestava Milinho. O mesmo pensavam Amanda e Anny duas lobinhas Cruzeiro do Sul. Quando entrou ele foi para a matilha delas. Mas em menos de duas reuniões as mães dona Lilian e dona Taufica, sem contar o pai de uma o senhor Marcos Roberto disseram que iam tirar as filha do grupo. Conversa daqui e dali tudo se ajeitou. Foi Celia Regina e Isabel que o deixaram ser da matilha Azul. Nunca se arrependeram, pois adoravam as trapalhadas de Milinho. A Patrulha da Onça Pantaneira através do seu escriba o Escoteiro Jefferson resolveu contar sua historias em um livro. O Monitor Mario não achou boa ideia. Dermival o sub também não gostou. Mas a história foi escrita e muitos anos depois se tornou um dos livros mais lidos em sua cidade.
               No verão de 68, a Alcatéia foi fazer um acampamento no sitio da Viúva Sabrina. Ela morava com sua irmã, Dona Monica. Elas adorava os escoteiros e quando eles iam lá sempre se juntava a eles. Joaquim Neto o caseiro não gostava principalmente quando Milinho ia acantonar. Ele já o conhecia de longa data. A Akelá Ieda combinou com Moreira o Balu e Eliana a Kaa ficarem de olho em Milinho. O lobinho era um desastre. Ninguém entendia porque até hoje não o mandaram embora. Achavam que devia ser os pais Rui e Marcia, pois sempre quando eram chamados só ficavam chorando e todos tinham pena. Walkiria a lobinha da marrom corria quando via Milinho. Uma tarde ele desapareceu. Tantos sempre o olhando que dormiram no ponto e ele sumiu. Foi Luana a menina que sonhava ser Escoteira uma morena dos cabelos negros e filha do caseiro que disse saber onde ele estava.
               O lobinho Milinho se escondeu no banheiro, pulou a janela e correu para um arvoredo próximo e lá deitou embaixo de uma árvore. Deve ter dormido, pois se transformou em um horrendo sapo vermelho. Ele tinha muito medo da lagoa, pois lá tinha uma cobra enorme e um gavião que queriam comê-lo de todo jeito. Num canto da lagoa, Douglas o gavião malvado olhava o Sapo Vermelho. Carla a cobra mansa e amiga de todos também espreitava embaixo d’água. Milinho o Sapo Vermelho estava com sono, mas não podia dormir. Acordou com o José Alves o Grilo Falante gritando – Corra Sapo! Eles vem te comer! . Correr prá onde? Alberto Franco o Jacaré cinzento disse – pule nas minhas costas eu o levarei a margem. E agora? Confiar neste jacaré? Mas não se fez de rogado. Pulou. O jacaré afundou e levou Milinho o Sapo Vermelho com ele. No fundo da lagoa estava o Jacaré, A cobra, O Gavião e até Vilma a malvada Peixe Espada comedora de sapos. Paty a linda estrela cadente lá no céu assistiu a tudo e deu belas risadas junto aos cometas Walter Dohme, Elmer e Fernando Robleño que passavam. Na via láctea, Natalia Cristina e Cris outras estrelas cadentes também sorriram.
                Milinho acordou gritando. A Akelá e todos os lobinhos estavam em volta dele. Todos davam enormes gargalhadas. Vera uma mãe que ajudava veio abraçá-lo. Ele chorava e suava. Bruno e Carlinha de sua matilha Azul também vieram abraçar Milinho. Ele olhou todo mundo e ali mesmo fez um juramento. Juro Akelá que nunca mais farei traquinagem. Acho que aprendi a lição. E foi assim que Murilo Homem, mais conhecido como Milinho o traquina se transformou em um lobinho que todos passaram a orgulhar. Foi um susto na Alcatéia. Chegaram a telefonar para o delegado Ricardo Frugoli e o detetive Wagner que deram belas gargalhas com tudo. Ainda bem que ele tinha muitos amigos e todos o ajudaram em ser um cruzeiro do sul. Quando passou para a tropa, todas as patrulhas o queriam.
              Uma história simples. Mais que uma história uma lenda. De amigos de Milinho e amigos meus. Para ficar na lembrança de todos os meus amigos aqui quando um dia eu me for. Que eles no escotismo ajudem sempre a um Milinho dos milhares que existem por aí a ser um bom Escoteiro. A lenda do Sapo Vermelho é um conto dedicado a todos. Obrigado!  

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