Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

domingo, 1 de julho de 2012

O custo para ser escotista vale à pena?



O  custo para ser escotista vale à pena?
Para o chefe ou a chefe escoteira meditar...

         Não é um tema interessante? Não sei. Pode ser que não. Mas eu lhe pergunto quanto você gasta para ser Chefe Escoteiro? Ou uma Chefe Escoteira? Muito pouco? Razoável? Além do que pode gastar? Os amigos devem estar estranhando porque entrei nesse tema. Por quê? Olhem, tenho tentado defender por todos os meios o que os dirigentes de Regiões, distritos ou a própria UEB fazem. Contam-me cada uma. Não vou repetir aqui todas aqui, mas as principais se referem à tecnocracia de alguns dirigentes, ou mesmo a “arrogância de outros” “ou o profissionalismo de muitos” pensando que os gastos são absorvidos com facilidade pelos chefes escoteiros. Acho que os únicos voluntários que gastam do seu próprio bolso para ajudar e colaborar estão no escotismo. E como gastam.
         Verdade. Para alguns pode não ser muito. Para outros, que no fim do mês olham as contas de água, luz, telefone, gás, internet, prestação A, B e C, colégio ou material didático dos filhos ficam deveras assustados. E o salário? Sumindo! E agora vem aquele curso, aquele Jamboree, e o acampamento, aquela atividade linda programada pelo Distrito. Como fazer? - Grupos Escoteiros devem estar estruturados para isso. São eles que arcam com essas despesas, dizem. Verdade mesmo? Vocês acreditam nisso? Eu não. Pode ser que uma porcentagem pequena o faça, mas a grande maioria não.
         Se a esposa, ou a família não participa, sempre existe aquele ressentimento. Você devia pagar isso, comprar aquilo e não ficar gastando com o escotismo. Mas o menino não tinha condições! Tinha de ajudá-lo. E o curso? Precisava fazer. E assim vai. - Família! Eu acho que eu vou ao Jamboree. São apenas uns oitocentos reais. Se calcularem bem não é caro. Ele esqueceu-se das despesas de transporte, alimentação ida e volta e tantas outras. E o curso? A diária é mínima. Já me disseram que é menor do que uma diária de um hotel cinco estrelas! Afinal preciso “tirar” minha Insígnia da Madeira. Será que ele não está enganando a si próprio? Sabe que irá gastar logo no inicio do ano, onde tantas contas para pagar estão sobre a mesa e mesmo assim acha que dá para fazer o tal curso ou ir naquela atividade escoteira?
           Depois ele chega lá, e vê tantos figurões, gente linda, bem uniformizada, (?) de lenço da Insígnia, e diz para si próprio – Agora sim, vou aprender tudo! Desculpem a brincadeira. Sem ofensas aos bravos membros formadores da UEB. Bravos sim. Sei do trabalho insano que fazem para ajudar o Escotismo Brasileiro. Eu fui um deles no passado. Sofri como eles. E claro, gastei do meu bolso como eles! Recompensa? Ver o sorriso, o abraço de alunos e dizer para sí próprio: - “Foi um lindo curso”. Dou risadas é na avaliação final. Poucos discordam. Claro, ainda não receberam o certificado de aprovação. Vá discordar para ver. Risos. 
          Sem criticas. Sou “danado” para criticar. Risos. Não estou lá agora. Nem sei como é. Mas sei como era. Lutava para baratear a taxa. Brigava mesmo por isso. O regional fora de série. Pensava como eu. Tinha um executivo. Ele andava. Visitava supermercados. De uniforme, ganhava muita coisa do cardápio. Eu mesmo convidava pais ou outros chefes para ajudar na cozinha. O pau de toda obra era a Patrulha de Serviço. Jovens de grupos que nos ajudavam. Grandes jovens. Devíamos muito a eles na época. A região não nadava em dinheiro (agora sei que também não), mas as taxas sempre ela cobria uma parte. No final todos podiam pagar sem prejudicar suas finanças pessoais. Fazíamos um escotismo sem pretensão de sobrar valores da taxa para a região. (e com uma prestação de contas perfeita).
          Estão rindo? Outra época? Deve ser. Hoje os profissionais substituíram os amadores do passado. Acho que eu era um amador. Podem dizer assim, eu gostava mesmo de ser um amador. De conseguir auxilio em todos os lugares para ajudar aos jovens a participar de atividades regionais, ou mesmo distritais. Foram diversas. Uma taxa “pequenina, pequeninita”, infinitamente pequena. Com orgulho lá estavam patrulhas de toda a região ou do distrito. Muitos que abandonam o escotismo sempre reclamam do alto custo. Todos já disseram e eu repito, quando Baden Powell fundou o escotismo, era para os jovens humildes e pobres. Hoje ele caminha para a elite.
           Perguntem aos chefes escoteiros do Brasil. Perguntem aos que se foram. Principalmente a muitos Insígnias da Madeira que não mais estão na ativa.  Não perguntem a mim. São eles que comentam sempre. Das dificuldades de um Escotista hoje ser um participante ativo em todas as atividades nacionais, regionais e distritais. (sem considerar a de grupo). Claro que muitos vão dizer – Eu amo o escotismo, trabalho por ele e acredito que posso ajudar. Portanto não reclamo em gastar! Certo. Cada um faz o que gosta e eu aceito.
         Ei! Será que não dá para diminuir um pouco estas taxas? Não? Vocês as acham pequenas? Um aqui do meu estado disse que são menores que diárias de hotéis. Risos. Hotéis? Só para quem não conhece como é. Mas bateria palma sim para quando me convencerem que tudo agora é de graça. Risos. Beleza!  Parodiando minha Avó, “quem pode, pode, quem não pode se sacode”! Enquanto isto encha os bolsos se quiser ser um voluntário e colaborar para a formação de nossa juventude Escoteira.

Eu não sou pobre, apenas um rico em dificuldade...

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