Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

domingo, 6 de maio de 2012

Minha vida de Escoteiro “Um poema uma saudade”



Minha vida de Escoteiro
“Um poema uma saudade”

Eu gosto de acampar, De por a mochila as costas,
De sentir o seu calor, ir por estradas sem fim.
De parar para descansar, olhar as flores silvestres,
Sentir o sol me queimando, e seguir no horizonte,
Nas montanhas de marfim.

Eu gosto de andar com todos, Botar o pé na estrada.
De sentir a poeira no rosto, Cantar uma canção bem bolada,
Junto com amigos queridos. De sentir o meu suor,
E esperar o meu "Chefe", Que vai dar a bela ordem:
- Parando! É hora de descansar.

Eu gosto de chegar lá, Onde será nosso lar,
Pois é onde vamos viver, amando a nossa patrulha.
Gosto de ver a turma, correria nas barracas,
Do pórtico e do fogão, em suspenso com o barro,
Da mesa feita tão simples, e que vamos orgulhar.

Como eu gosto de tudo simples. De tudo feito com as mãos,
Sem muita apresentação. Gosto da noite e o luar,
De olhar para o céu, ver as estrelas brilhantes,
 Levar um pequeno susto, Quando o cometa passar.

Gosto da água fria, de um riacho qualquer.
Deitar na relva e dormir, acordar de madrugada,
O cantar da passarada e ver o orvalho cair.
Gosto da minha barraca, descansar da minha luta,
Pois nela que vou dormir. E quando a hora chegar
Vou sonhar com tudo isto, vou passear na nuvem branca,
Quando a Patrulha se levanta, em busca do amanhã.

Gosto de ver a fumaça, do fogão à lenha queimando,
Do nosso alegre cozinheiro, com os seus olhos vermelhos,
Como se fosse chorar, e sorrindo ele sabe,
Que não é só amizade é pertencer à equipe,
De meninos de estipe, a sonhar sonhos azuis.

Gosto de olhar minhas mãos, com muitos calos marcados,
Pois o facão e o machado, o sisal e o cipó,
Não perdoam a ninguém. Disso sabem os escoteiros,
Pois todos são bons mateiros, aprendendo a viver.

Gosto de olhar ao longe, ver o simpático lago azul.
Peixes que pulam na água, e sempre dou boas risadas,
Pois não consegui pescar. Gosto de ver os amigos,
Das patrulhas lá ao longe, construindo muitas pontes,
Ninhos de águia, pórticos, sempre avante!

 E Sabe? Eu gosto de terminar, uma boa pioneira,
Dar uns passos atrás, por as mãos junto à cintura.
E ver o trabalho que fiz. Como é gostoso saber
Que glorioso esforço em também o conseguir.

Gosto de cair ao chão, na grama do acampamento.
Dou risadas com amigos, pois ali é união,
Não é um jogo qualquer. Onde dizem que sou fraterno,
Que não é hoje é eterno, o nosso doce amanhã.

Gosto de jogar um bom jogo, um bom scalps gostoso,
Uma boa corrida na selva, uma boa luta na relva,
Ou então imaginar, pois ali o jogo é tão sério,
A busca da força amiga, onde se vive a sonhar.

Gosto de sentar a noite, na porta da minha barraca,
Fazer um pequeno fogo, sentir a grande alegria, de ver,
A Patrulha aproximando, um café quente e fervendo,
Conversas jogadas ao vento, saudades da minha escola,
Da namorada amada, da mãe que não há momento,
Alcançar o seu intento, beijar o seu rosto e sorrir.

Gosto de ficar sem assunto, sentir o cheiro do mato,
Ouvir o som do regato, o cantar de um sabiá,
Um vagalume perdido, o uivo de um lobo guará,
Bem distante, nas montanhas verdejantes,
Onde ele anda errante, onde é o seu habitat.

Gosto de beber, a água de uma nascente,
Tão fresca e tão brilhante, de olhos fechados na fronte,
Sentir o orvalho caindo, no rosto daquela manhã.
Do som da passarinhada ao anunciar nos gritantes,
Até o grilo falante, cantando o alvorecer.

Gosto de correr pelos campos, sentir a brisa no rosto,
O vento que vai e vem. Gosto de ver o meu "Chefe",
Bom sujeito boa praça, que um dia me deu tudo,
Que não perde um segundo, ensinando o que serei.

Gosto muito da alvorada, da bandeira arvorada,
Em um galho firme qualquer. De fazer à saudação,
Sentir-me um patriota, saber que a maciota.
Não faz parte do saber. Ver a Bandeira tão verde,
O vento soprando forte, representando a nação.

Gosto mesmo sou menino, eu adoro o escotismo,
Que vive dentro de mim. Adoro as flores silvestres,
A formiga que não para, A coruja que não ri,
O tatu que se esconde no seu buraco infernal.

E para terminar a voces eu digo, eu faço o que eu decido,
Na sede ou acampando, o saber estou buscando,
Para o alguém do amanhã. Adoro ser Escoteiro,
Correr em busca do tudo, sentir no corpo o orgulho,
De cumprir minha lei, minha missão.

Um dia fiz a promessa, a todos eu prometi,
Que seria homem honrado, do escotismo apaixonado,
Olhando até nas alturas, em busca das aventuras,
Que só podemos encontrar, no meu escotismo amado.

Você que ficou aqui, bem no centro da cidade,
De onde não sinto saudade, pois é no campo aonde eu vou.
Vou correr pelas campinas, com meu chapéu Escoteiro,
Com meu olhar trigueiro, sentir sol da manhã.

Adeus, você que fica não chore, com minha brusca partida,
E se um dia quiser vá me encontrar onde estou.
Coloque sua mochila, aprume a sua bandeira,
Cante uma bela canção, um belo sorriso no rosto,
E venha me encontrar.

Pois aqui na ventania, esperando com alegria,
Olhando sempre o horizonte, esperarei por você,
A surgir atrás dos montes e dizer com muito orgulho:
Meu amigo meu irmão, acredite,
Agora eu sou Escoteiro.

Osvaldo um escoteiro

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