Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

JOGOS - COMO AGIR



JOGOS - COMO AGIR

Ficou acordado entre todos, que os jogos nas reuniões serão uma escolha da tropa, sendo que, só os considerados “Jogos surpresa” podem ser apresentados pelo Chefe ou Assistente sem prévio aviso”. Cada Patrulha fará sua reunião semanalmente e apresentará sugestões.

Os monitores transmitirão entre si e aos demais às ideias de todos os escoteiros. Os escolhidos serão apresentados aos chefes da Tropa. Nenhum jogo terá a formalidade de uma atividade séria, mas jogado espontaneamente, não só pelo caráter competitivo, mas pela simplicidade de jogar e divertir!”
               (transcrito de uma ata de Corte de Honra)

O jogo de “Deglutir alimentos” já estava chegando ao fim. Os participantes com suas bocas cansadas daquela feijoada do “deuses” estavam se retirando para as áreas sombreadas e ajardinadas. Um sol cálido apesar da tarde fria surgia inesperadamente no horizonte. O “panelão” de feijoada e os vasilhames estavam sendo lavado pôr homens e mulheres, voluntários que se ofereceram espontaneamente. Nenhuma atitude ou assunto seria completado enquanto não terminassem a tarefa.

- “Jogos” – Ele o "Velho" Escoteiro pouco tinha falado e não ficaria sem dar sua opinião. Todos nós o respeitávamos e sabíamos que ele era uma autoridade no assunto. Às provas eram tantas que o resultado do seu conhecimento estava à vista de todos. Mais de duzentos pais e escotistas participando do encontro anual do grupo.

- Tive a oportunidade alguns anos atrás - falava o “Velho” Escoteiro - De visitar algumas tropas, pois sempre procurei me manter atualizado com nosso Movimento. Estas visitas foram muito produtivas, principalmente para ver se o resultado do método estava dando certo. - Se você conhece bem o Escotismo, um olhar e sabemos como andas as coisas. Através dos jovens e dos Escotistas vejo sem problemas se o resultado vai ser satisfatório no futuro.

- Não vou comentar aqui outros aspectos verificados para me concentrar somente no tema desta conversa. Jogos. Dou três exemplos:

- o primeiro exemplo foi visto em uma tropa de um bairro nobre, onde os jovens demonstravam ter conhecimentos intelectuais acima da média, mas com um ou dois monitores primeira classe e mais quatro ou cinco segundas e os demais noviços. Os demais aspirante. 

Conversando com alguns chefes (dois com insígnia e dois sem) pude observar um Assistente dirigindo um jogo. Pomposamente formou às patrulhas, chamou os monitores (era bom de apito), deu às instruções e estes tiveram um tempo para orientar suas equipes. Até tudo bem. - O Jogo iniciou sem muito entusiasmo, pois era complicado e cheio de regras. O Assistente parou o jogo pôr três vezes. Até que se deu pôr satisfeito. Tive a oportunidade de olhar nos seus olhos e ver a satisfação pela vitória alcançada! - Ele tinha ganhado o jogo! - Os jovens estavam ali, parados, cansados, com ar de quem estão acostumados e muito obedientes e disciplinados!

- Em outra tropa o Chefe fez questão de mostrar um fichário muito bem feito e acabado. Um pai era o responsável para classificá-lo. Os jogos estavam perfeitamente organizados, distribuídos pôr tipo, função, objetivo etc. Tudo conforme manda o figurino. - Perguntei quem escolhia os jogos e dava o parecer antes e depois da aplicação. Ele respondeu que era ele mesmo, pois sabia e conhecia a reação dos jovens (comentou baixinho em tom de “expert” que era professor de Educação Física e que no momento estava cursando psicologia). Participara de vários cursos de Recreação e Jogos e alardeou inclusive que fora convidado pela Equipe para dirigir e colaborar em vários cursos. Sua grande especialidade, porém eram jogos.
Era o “dono”, o sabichão. O jovem ali não se manifestava. Paciência! . Estamos cheios de tipos assim! - Prefiro nem comentar como andava o Adestramento da tropa. Pelos jogos se conhece o resto. Pobre dos rapazes! Muitas tropas foram visitadas, mas teve uma que merece um destaque especial. Tem-se alguma coisa que não gosto é justificativa pôr A ou B. Na maioria sempre vinham me explicar o porquê de algumas falhas. Sempre justificando. Conheço estes tipos. Vão justificar a vida toda os fracassos e a falta de entusiasmo dos jovens. Não entenderam que eles são os próprios culpados!

- Mas vamos à tropa que gostaria de elogiar. - Quando cheguei, fiquei perplexo com tamanha confusão. Não havia apitos, chefes dirigindo, todos bem formadinhos feitos soldadinhos. A sinalização era feita com as mãos. Graças a Deus minha audição seria poupada daquela vez! - Ali estavam eles, em dupla, pôr Patrulha três ou quatro em outro canto. Todos espalhados. Notei logo a maneira do Adestramento. A Tropa era pequena, três patrulhas no máximo seis em cada uma. O Chefe estava alçado em um poste simples dentro da sede, junto a mais dois monitores amarrando um cabo. Ninguém olhava sinal que aquilo era comum. Mais dois monitores estavam com um Assistente recebendo instruções. Ninguém correu para me receber.

- Não deram conta da minha presença. Fiquei a vontade e percorri a vontade cada Patrulha. Era um Adestramento dos bons. Não só os monitores adestravam, mas também os demais escoteiros da Patrulha. Eu já conhecia este plano de reunião. Estava em casa! Logo que me avistou um deles educadamente veio me cumprimentar e se desculpou pôr não poder me dar muita atenção.

- Neste momento, um Monitor que se apresentou educadamente pedindo licença e dizendo ao Chefe sobre o jogo que seria realizado daí a alguns minutos. Apesar de combinado previamente (havia programa!) a maioria gostaria de fazer o jogo do mês anterior. O que o Chefe achava? - Ele concordou de imediato e pediu ao Monitor que preparasse o material. Bem acho que vocês não precisam saber qual das tropas está fazendo o certo. Pena que não pude filmar os olhos, a feição e a alegria reinante antes, durante e depois do jogo. Aquilo sim era diversão!

O “Velho” parou de falar, pois um “zunzum” percorria a todos em sua volta. Um dos amigos dele estava desafiando a todos os que tivessem mais de 60 anos para uma corrida de obstáculos (corrida do ovo). O “Velho” nem pestanejou. Sempre que se encontravam faziam aquele mesmo jogo. Fui escolhido para ser o juiz. Eram 10 obstáculos diferentes. Cada um teria às duas mãos presas as costas e tinham que manter dois ovos crus dentro da boca! - Dei o sinal de partida. Um “barato” - Ver o “Velho” Escoteiro correr como tartaruga valeu todo o dia. Eram uns oito no jogo. A torcida logo correu para gritar e movimentar o jogo.

Ganhou a corrida um membro da Executiva. Vários tiveram os ovos espatifados dentro da boca. O “Velho” foi o último a chegar, mas chegou com os dois ovos intactos! O assunto do jogo desapareceu e vieram outros. Na rodinha a conversa estava animada. Sentimos falta do “Velho” Escoteiro e de seus dois amigos.
Encontramos os três. Roncando a sono solto debaixo da aroeira!

Lembretes:

“Procure desenvolver nas matilhas e nas patrulhas qualidades de liderança. Pretende-se que, nas horas vagas, eles saibam brincar sozinhos, propicie-lhes a prática da direção das próprias atividades”.
Para começar, partilhe com elas às suas responsabilidades de orientador de jogos. Vá aos poucos, delegando-lhes obrigação e autoridade, desde que tais coisas estejam à altura de suas capacidades.
Dê-lhes não apenas incentivo para a prática da Direção, mas também, tempo.

Permita que a turma escolha, de vez em quando o jogo que vai realizar e eleja o seu dirigente. Discuta com elas os resultados dos jogos e faça-as participar do planejamento do programa semanal.

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