Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

domingo, 13 de novembro de 2011

CURSOS DE FORMAÇÃO NO MOVIMENTO ESCOTEIRO



CURSOS DE FORMAÇÃO NO MOVIMENTO ESCOTEIRO

              Tenho feito diversos artigos tentando analisar o porquê até hoje os cursos de formação para adultos no escotismo não tem dado os resultados esperados. É difícil qualquer análise a não ser por “chutômetro”. Somos os maiores ”calculistas chutadores” de tudo que fazemos no escotismo. Seja certo ou errado. Nunca em tempo algum foi feito no escotismo brasileiro, uma pesquisa analisando o porquê da evasão de adultos, principalmente os portadores da Insígnia da Madeira.

                 Dizem sempre que elas foram feitas por amostragem. Acredito.
Quando recebi minha primeira IM, e logo em seguida meu certificado de Assistente Diretor de Curso, ainda éramos chamados de DCC e ADCC, (Deputado chefe de campo e assistente Deputado chefe de campo – cópia da nomenclatura de Giwell). Isto nos moldes de Giwell. Uma época que os manuais ainda eram ingleses e tínhamos que traduzir para o português, claro com muitas adaptações. Basta ver que era obrigatório o “Chá das cinco” (risos). Logo após mudou-se para DCB e DCIM (Diretor de curso Básico e Diretor de curso da Insígnia da madeira).

                Agora são chamados de Formadores em lugar de Adestradores. Porque a mudança? Na minha época já havia uma “cisma” que adestrar era relativo a treinar animais. Então resolveram mudar e chegaram à conclusão que formador era melhor. (no dicionário significa que dá forma, que cria etc.). Bem acredito que os que criaram a nova nomenclatura ficaram satisfeitos com a mudança. Com esta também se mudou os manuais que deste a década de 80 já vinham sendo modificados.

                Muitos anos se passaram e eu mesmo tento ver onde está o erro. Erro? Sim, porque tantos passaram pelos cursos nos últimos cinqüenta anos e pouco ainda continuam nas fileiras escoteiras? Eu mesmo quando adestrador (desculpem, agora é formador) acredito ter tido mais de 1.500 alunos. Onde está a maioria deles? Sei que ainda tem um número razoável participando, mas o “turnover”, ou melhor, a rotatividade de pessoal, entrada e saída de adultos no movimento escoteiro ainda é altíssima.

                 Amigos atuantes como adestradores desculpem formadores, já deram muitas opiniões do por que. Alguns até escreveram artigos pormenorizando os motivos. E eu pergunto, e então? Onde está o erro se tudo continua na mesma?  Já foi apontado e parece que todos sabem o rumo a tomar. Mas tantos anos e este rumo ainda não foram tomados? Eu me pergunto, quantos escotistas que fizeram estes cursos saíram nos últimos 30 anos? E os que alcançaram a Insígnia da Madeira e que também abandonaram o escotismo? Será que temos dados disponíveis?

                  Não seria interessante uma ampla pesquisa para saber os motivos? Uma pesquisa direta, sem intermediários. Quem sabe enviar uma correspondência, perguntando ou solicitando a colaboração no preenchimento de um pequeno questionário. Perguntas simples do porque e quais as razões os levaram a abandonar as fileiras escoteiras?

                 Se isso fosse feito, e conseguíssemos através de técnicas modernas abalizarem as respostas, então acredito que iríamos ter condições de ver onde erramos e onde devemos mudar. Infelizmente não é assim que fizeram ou estão fazendo. Parabenizo aos membros formadores, no seu mais alto escalão que estão dando tudo de si para chegar onde todos nós esperamos. Mas lembro que mesmo com a nova metodologia que foi criada por eles, ainda não atingimos o objetivo proposto.

        Difícil comparar o passado com o presente, de vários dias acampado hoje tentam facilitar ao máximo a presença. Entretanto posso dizer de cátedra, que meu aprendizado vivendo como escoteiro em uma patrulha nunca mais esqueci.  Já temos alguém dizendo que os cursos podem ser feitos através da Internet. Errado? Certo? Não sei. Eu no meu caso não gostaria de participar.
  
                 O desejo e o objetivo do escotistas é a sua IM (Insígnia da Madeira), não acredito que ela se tornou mais fácil ou mais difícil que no passado. Mas é através dela que poderemos ter bons escotistas atuando em suas sessões e produzindo tudo àquilo que se espera da formação de um bom chefe. Não adianta esta luta, para em pouco tempo perdemos a cada ano um numero elevado deles (os IMs) que vão sendo substituídos por novos, e que nos leva a crer que a evasão (turnover) irá persistir não produzindo os objetivos propostos nas mudanças que aconteceram nos últimos cinqüenta anos.

                    Como sempre lembro aos meus amigos que não sou o dono da verdade, o que escrevo aqui são reminiscências de um passado que hoje foi totalmente invertido e que se os resultados (como sempre dizia Baden Powell) estivessem sendo alcançados, teríamos alcançado a meta que todas sonham para o movimento escoteiro brasileiro.

UM MILHÃO DE ESCOTEIROS! Impossível? Muitos países conseguiram.

“Coloque sua mochila, cante uma canção e parta conosco para uma grande aventura! ’

Nenhum comentário:

Postar um comentário