Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

ESTE É O CAMINHO? parte II - O UNIFORME ESCOTEIRO



ESTE É O CAMINHO? Parte II – O UNIFORME ESCOTEIRO

                        Interessante, artigos que mais são lidos nos meus blogs, são os que se referem ao uniforme escoteiro. Muitos não concordam com meus artigos (um grande número concorda) e estou inteiramente de acordo, pois não tenho autoridade dentro do movimento e tampouco posso mudar o que já existe. Ali posso somente dizer que foi uma vida dedicada ao escotismo e sempre levando a sério a minha organização com todo respeito e disciplina, principalmente a uniformização.

                    Tudo mudou. Basta dizer que até nos órgãos internacionais escoteiros uma liberalidade agora chamado de traje, faz parte da maioria das organizações escoteiras em diversos países. Sabemos de muitas que se mantém fiel ao escotismo tradicional, mas não sei até quanto tempo iram permanecer assim. 

                    Não tenho a pretensão de ser um crítico e nem tampouco um mantenedor do Garbo e Boa Ordem. Nada disso. Sei que agora temos o uniforme e o traje. Interessante que todas as organizações desde as militares até outras dentro da sociedade educacional ou não, mantém uma disciplina sobre seus participantes no tocante a uniforme. No escotismo não. Não sei, posso estar errado, mas transformou o lenço como símbolo. Estando com ele e dando um nozinho na ponta pode se considerar como traje escoteiro. Se estiver de short, ou qualquer vestimenta também.

                  Claro, muitos me dizem que o POR (Princípios organizações e regras da UEB) é claro em suas normas. Sei disso. Já li. Mas não sei se concordo. Existem muitas evasivas. Afinal deixar que estados ou grupos escolham (o que está determinado como uniforme) não sei se isto leva a uma apresentação escoteira nacional.
 
                    Brinco até com alguns amigos que estamos deixando tanto a desejar e se fosse fazer comparações outros que se veste com o cinza (vigias, porteiros, motoristas de ônibus) se apresentam com garbo, e se orgulhando do que vestem. Sem é claro desmerecer o trabalho de todos os escotistas que ainda não sentiram seu exemplo junto aos jovens que como ele gosta de estar à vontade na uniformização.

                     Nos primeiros anos de 1970, tínhamos a mesma preocupação com o uniforme. A Direção Nacional achou por bem discutir o tema, mas foi séria em suas resoluções. Foi criado o uniforme social. Na época camisa azul/cinza calça comprida cinza chumbo, lenço, anel, cinto de couro com fivela. Meias pretas, calçado preto. Havia ainda a possibilidade de usar o paletó e gravata. Entenda-se. Uma seriedade com tudo isso. Foi distribuído a todas as regiões pequenas fração do pano para que não houvesse distorções. Em pouco tempo este uniforme estava sendo usado amplamente por todos os escotistas.

                   O caqui na época sempre foi considerado uniforme de campo. Nas reuniões de sede ele era obrigatório. Inclusive para os escotistas. O chapéu também, mas a região podia decidir entre ele e ficar sem cobertura. Em síntese o social era para atividades sociais. E era sagrado para todos se manterem conforme as normas.

                    O tempo passou. As mudanças começaram. Cada dirigente nacional verificava as reclamações sobre o uniforme e com pequenas discussões nos eventos nacionais, as alterações foram acontecendo. Hoje em um mesmo estado brasileiro, lá estão grupos com o cinza e grupos com o caqui. Alguns poucos escotistas então são de dar inveja. Inventam dependendo de suas escolhas pessoais. Existe o cinza curto comprido, jeans de cores diversas, e a cobertura? Incrível! Cada um tem sua escolha pessoal.
 
                      Um artigo que li na década de 60 existia onde mostrava diversos tipos de uniforme, uma charge dizia – E ainda dizem que somos um movimento uniformizado. Se naquela época havia duvidas e agora? Tenho dialogado com seniores e guias sobre estarem sem o uniforme nas atividades de campo (aventureiras, bivaques, acampamentos, excursões) e a resposta é sempre a mesma. Não devemos estragar o uniforme ou sujá-lo. Por isto estamos assim!

                    Sei que muitos dos amigos que estão lendo irão discordar. Claro, não sou o dono da verdade. Alguns me dizem que o tempo passou e agora a modernidade está aí. Baden Powell sempre comentou sobre a uniformização. Para isto fazia questão de se apresentar condignamente (como ele achava) bem uniformizado. Não aceitava meios termos. Afinal nenhuma organização não escoteira aceita. Só nos no escotismo.

                 Como será dentro de 20 anos? Não sei, não estarei lá para ver.

“Coloque sua mochila, cante uma canção e parta conosco nesta grande aventura!”


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