Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O VELHO ESCOTEIRO E SUAS MANIAS



“O VELHO ESCOTEIRO E SUAS MANIAS”

- Sapatos pretos bem engraxados, meiose cinzas dentro dos padrões com dobra de quatro dedos e listas retas. Calça curta bem passada com vincos. (O "Velho" insistia em aparecer nesta reuniões com o uniforme de campo, mesmo tendo o social que usava em casos especiais). O Metal do cinto polido e correia engraxada. Camisa bem posta e todos os botões... Abotoados. Anel e contas (Colar da insígnia) impecáveis. O Chapéu, Ah! O chapéu. Era de fazer inveja.

O “Velho” não dava motivos e só exemplos. – Você conhece um escoteiro pelo uniforme - Dizia ele. Quem não tem garbo, não tem nada. Ou você é ou não é. Simples. Muito simples. Faz parte do caráter escoteiro.

Carrancudo, fisionomia carregada, tez um pouco amarelada, deixou que o ajudassem a andar até o automóvel. Durante a viagem, nem um pio. O “Cachimbo“ apagado estava dependurado em um lado da boca, preso entre os dentes.

No Grupo todos sabiam que ele estaria lá naquele dia. Uma cadeira de braços já havia sido colocada próximo a Grande Ferradura. Quando chegamos, foi aquela festa. 
Ele se sentou rodeado de amigos. Jovens, Escotistas, pais. Todos o queriam muito. Fora ele o responsável pôr tudo aquilo e nada mais justo do que a recompensa da amizade e consideração. Brincadeiras, abraços, conversas ao pé do ouvido. Aos poucos sua “Carranca“ foi desaparecendo. Era o remédio que ele “receitava” para todos e o efeito era imediato.

Grupo firme! - A Bandeira em saudação! - Silencio total. Só o farfalhar das bandeiras ao vento. O “velho” não conseguiu ficar sentado. Claudicando e tropeçando em seus calcanhares, cambaleante se levantou e se dirigiu a ferradura. Alguém tentou ajudá-lo. Ele agradeceu. - O Escoteiro caminha com suas próprias pernas! - falou. O silencio foi substituído pôr uma exclamação. Todos olhavam para o “Velho”. Lá estava ele, ao lado do chefe do Grupo, junto aos pioneiros.

O Dirigente repetiu novamente a ordem. A Bandeira, em saudação! 
Os jovens estavam orgulhosos. Os Escotistas, pais e Antigos Escoteiros vibravam com a cerimônia e a “garra” do “Velho”. Mesmo com aquela idade, era um exemplo para todos. Alguns como eu e a Vovó (também não faltava na cerimônia) ficamos com os olhos marejados de lagrimas, mas de alegria.

Sentimos como era importante a máxima de BP - “A verdadeira felicidade, é fazer a felicidade dos outros”.
 
“Coloque sua mochila, cante uma canção e parta conosco nesta bela aventura!”
 

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